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Radomécio Leite

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As dores e as lágrimas de Eduardo e Gerusa

08/03/2011 às 08h47

É natural que os filhos sepultem os pais, mas a história registra que Maria, a mãe de Cristo, além de acompanhar todo calvário de seu filho amado, ouviu os seus últimos gemidos e viu a sua morte, pregado a uma cruz, para depois tê-lo no colo e banhar-lhe com as lágrimas de seu pranto.

Quem sofreu mais do que a Mãe de Deus? E é a ela que sempre dirigimos a nossa súplica: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”. A caminhada de Cristo pela terra, os seus ensinamentos e exemplos têm seguidores e admiradores espalhados por todo o universo. O exemplo de Maria é a fonte de nossa consolação.
Quem esteve no cemitério Coração de Maria sepultando, como ato de caridade cristã, o corpo da jovem médica cajazeirense, Valéria Macambira Guedes, no último dia 28 de fevereiro, viveu emoções que jamais serão apagadas da memória.

O depoimento de Eduardo, aos pés da morada derradeira de sua filha, muito mais do que um forte desabafo, foi um poderoso grito de clamor com palavras que ecoaram pelas alamedas da eternidade e nos nossos corações, com profunda mistura de dor, desespero, lágrimas e impotência diante da morte e da luta que travou para salvar a sua amada Valéria de uma dependência química.

A fortaleza de que estava possuído Eduardo, ao proferir a sua lastimosa oração fúnebre, calou profundamente nos corações de todos os pais de família ali presentes, principalmente quando implorou e pediu que nenhum pai devesse se acovardar diante de uma situação igual a que viveu, ao lado de sua esposa Gerusa, para salvar a sua filha. “Lutei o quanto pude, além de minhas forças, não esmoreci”.

Valéria era o encanto de Eduardo e a menina de seus olhos e via nela, como disse aquilo que gostaria de ter sido na vida: um médico. Foi uma festa quando ela passou no vestibular de medicina, ainda lembro. Talvez tenha sido uma das maiores alegrias de Eduardo e Gerusa. Aluna inteligente, exemplar e líder carismática da escola de nossa estimada professora Carmelita Gonçalves.

A fala de Eduardo não deve ficar apenas ecoando nas alamedas da saudade do Cemitério Coração de Maria. Ele poderia fazer uma cruzada, dando testemunho em encontros, debatendo em programas de emissoras de rádio, seminários, nas pastorais das famílias e aos jovens, de toda a sua vivência e luta para salvar a filha. O exemplo de Valéria, quem sabe, poderia ser uma luz e um caminho na busca de alcançarmos muitas vitórias, nesta difícil caminhada de terríveis e dolorosos obstáculos, junto a outras famílias de nossa cidade e da região, que estejam passando por este problema. Esta poderia ser uma forma de manter viva a imagem de Valéria e do seu sorriso encantador.

Hospital Regional de Cajazeiras
Técnicos da secretaria de saúde estiveram na cidade Cajazeiras, no último dia dois para uma visita e levantamento das necessidades do Hospital Regional de Cajazeiras. Participaram também de uma reunião com diretores do Campus da UFCG e com membros do Movimento dos Amigos de Cajazeiras. Na pauta: o HRC como campo de estágio para alunos da área de saúde, a implantação de uma gestão compartilhada com controle social e a ampliação dos serviços médicos. Fazia parte da equipe o médico Luciano Gomes, cajazeirense, filho de Antonio de Hozana, que é coordenador de estágio e residência médica no estado e também professor da UFPB. Dr. Luciano poderá dar uma excelente ajuda na consolidação do curso de medicina de nossa cidade.
 

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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