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Adjamilton Pereira

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Aos que defendem um corpo são

11/09/2012 às 07h43

Imaginemos que em cada bairro da cidade exista uma ampla e arborizada praça onde a população relaxe tranquilamente em um banco enquanto degusta um sorvete ou uma pipoca, onde pessoas joguem sueca ou conversem tranquilamente, onde crianças corram serelepes na perseguição de uma bola ou de uma pipa. Imaginemos ainda que, em cada praça de cada bairro, existam equipamentos onde a população possa, com a orientação de um profissional qualificado, praticar atividades físicas.

Essas divagações me assolam a mente quando das comemorações, no último primeiro de setembro, do dia do profissional de Educação Física que em nosso país, infelizmente, ainda tem suas atividades restritas as academias de ginástica ou a atividades preparatórias de alguns esportes, como futebol e voleibol.

O profissional de educação física não é considerado como importante na definição de políticas de saúde para a população, sobretudo, quando do planejamento e execução de ações preventivas. Quão importante não seria se, em programas como o da Saúde da Família, em cada equipe fosse incorporado um profissional de educação física.

E não apenas ter o profissional, mas que, as vultosas somas de recursos públicos que, de maneira recorrente, alimentam os esquemas de corrupção ou abastecem ações governamentais ou iniciativas de governo que buscam somente saciar o povo de pão e circo, fossem empregadas na construção de uma infra-estrutura acessível a uma majoritária faixa populacional. Infra-estrutura de equipamentos e locais para a prática de uma atividade física orientada e que considere as especificidades e particularidades físicas e de saúde da população.

Ações que, planejadas e executadas como políticas públicas, trariam, inegavelmente, conseqüências positivas e que se expressariam na redução significativa dos gastos públicos com a saúde curativa, considerando que, pesquisas científicas acumuladas em várias décadas, reforçam e referendam os benefícios que a atividade física traz para o nosso organismo e os inúmeros problemas de saúde que podem ser evitados ou amenizados com a sua prática.

Teríamos, com certeza, redução significativa, dos casos de hipertensão, depressão, diabetes, obesidade. Reduziríamos as licenças médicas de trabalhadores, as internações na rede pública de saúde, os gastos com medicamentos e, como uma decorrência natural, teríamos mais investimentos públicos em outras áreas que também são prioritárias para uma qualidade mínima de vida, como educação, transporte, segurança, saneamento, moradia.

Pensar isso como relevante me surge quando vejo a preocupação de alguns amigos, profissionais da educação física, como Alan, Marcondes Gonçalves, que trazem como princípio de vida e de desempenho profissional a inquietação de que, um dia, não tão distante, toda a população possa ter acesso aos benefícios que uma vida saudável propiciada por uma atividade física adequadamente orientada patrocina e quais repercussões ela desencadeia na vida pessoal, mas também em campos como a economia, as políticas de governo e o próprio destino da espécie humana.
 

Adjamilton Pereira

Adjamilton Pereira

Adjamilton Pereira é Jornalista e Advogado, natural de Cajazeiras, com passagens pelos Jornais O Norte e Correio da Paraíba, também com atuação marcante no rádio, onde por mais de cinco anos, apresentou o Programa Boca Quente, da Difusora Rádio Cajazeiras, além de ter exercido a função de Secretário de Comunicação da Prefeitura de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Adjamilton Pereira

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Adjamilton Pereira é Jornalista e Advogado, natural de Cajazeiras, com passagens pelos Jornais O Norte e Correio da Paraíba, também com atuação marcante no rádio, onde por mais de cinco anos, apresentou o Programa Boca Quente, da Difusora Rádio Cajazeiras, além de ter exercido a função de Secretário de Comunicação da Prefeitura de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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