Agenda de desenvolvimento para CZ

Por Francisco Cartaxo

Após realizar com sucesso o I Fórum de Desenvolvimento de Cajazeiras, que debateu com os pré-candidatos a governador, Ricardo Coutinho e José Maranhão, questões relevantes para a região, o MAC procura organizar agora a Agenda de Desenvolvimento de Cajazeiras. E o faz de forma participativa. Aliás, já começou a agir assim, tanto é que compartilhou com cerca de 20 entidades essa iniciativa, no dia 6 de maio na Biblioteca Castro Pinto, obtendo plena e unânime aprovação. Lá estavam clubes de serviços, sindicatos, associações comunitárias, às quais deverão se juntar representação de muitas instituições (partidos políticos, órgãos públicos dos três poderes da República, centros de ensino, núcleos de igrejas e outros segmentos) de modo a congregar ao máximo a força da sociedade civil e política de Cajazeiras.

Que vai constar nessa Agenda? As grandes causas de Cajazeiras. Só as grandes causas. E não é pouca coisa. As que tenham cunho estratégico capazes de dar consistência ao ciclo de crescimento, iniciado neste século com a expansão do ensino superior, e acelerado por investimentos, públicos e privados, raras vezes registrados na história da região. Na Agenda só haverá espaço para intervenções estruturantes, sem as quais a cidade e a região perderão a grande oportunidade de dar um salto qualitativo em condições até mesmo de influenciar o próprio crescimento econômico, social, tecnológico, educacional e político da Paraíba. Daí porque a Agenda não deve abrigar questões de pequena monta, embora revestidas de importância na dimensão micro. Essas podem ser objeto de outros instrumentos de mobilização, que por ventura venham a ser criados em paralelo à Agenda de Desenvolvimento de Cajazeiras.

Isso mesmo, a Agenda encerra também esse sentido: agregar em torno dela a capacidade de mobilização da sociedade cajazeirense. Para isso, necessita ajustar-se aos interesses coletivos, aos desejos, às aspirações da comunidade. Vale dizer, precisa ter representatividade. A esse respeito, o papel do MAC é o de articular as forças atuantes em nosso meio (de modo suprapartidário, como vem fazendo), de tentar obter convergências em torno de idéias-força, de projetos viáveis, visando canalizar as energias da sociedade para novas e grandes conquistas, na linha já seguida por Cajazeiras quando da luta pelo curso de medicina da UFCG e da persistente reivindicação de um aeroporto regional decente.

Como será construída a Agenda? Em longo caminho e muito debate. Aliás, o MAC já iniciou a discussão com entidades organizadas que se comprometeram a sugerir temas a serem analisados, coletivamente, depois de sistematizados, tendo em vista critérios de enquadramento nos objetivos e no sentido da Agenda. Vencida essa etapa, a idéia prevalente entre os integrantes do MAC é abrir mais ainda a discussão, ampliá-la ao ponto de permitir a participação generalizada da sociedade por intermédio de entidades e do cidadão comum. Essa fase obedeceria, mais ou menos, às regras já conhecidas e adotadas nas chamadas audiências públicas.

Se o MAC tiver sucesso nessa empreitada (para isso, é indispensável contar com decidida participação da sociedade), Cajazeiras poderá apresentar-se lá fora de cabeça erguida. Por quê? Porque terá um instrumento poderoso para reivindicar, por exemplo, dos representantes da Paraíba no Congresso Nacional alocação de recursos em atividades, obras e projetos ajustados aos objetivos da sociedade. Sem sujeição a interesses subalternos. E assim, garantir a continuidade do processo de desenvolvimento, hoje ancorado na rápida e diversificada expansão do ensino.

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Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

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