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José Anchieta

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A Imaculada Conceição

07/02/2011 às 23h54

Lourdes, pirineus franceses, 11 de fevereiro de 1858. Bernardette Soubirous, pobre camponesa de 14 anos de idade, sai ao campo para recolher lenha com suas irmãs Toinette e Jeanne, a fim de vender para comprar pão. Perto da gruta de Massabielle, ouve duas rajadas de vento, sem que houvesse movimento algum das copas das árvores. Uma luz vinda do interior da gruta chamou-lhe a atenção. Avistou uma pessoa, uma mulher do seu tamanho, vestida de branco, com uma faixa azul na cintura, um rosário nas mãos e rosas de ouro amarelo, um em cada pé. A primeira intenção da jovem, com medo, foi fazer o sinal da cruz e puxar o terço que trazia no bolso. Curiosamente, a mulher rezava junto. Não balbuciava nada, apenas passava as contas do rosário.

O segredo daquela visão foi quebrado por Jeanne, que contou à mãe. A euforia custou às meninas castigo corporal. Três dias depois, Bernardette resolve voltar à gruta, desta vez com água benta, pois, se fosse o demônio, o sacramental o repeliria. A senhora, recebendo os borrifos de água, inclina a cabeça, em sinal de gratidão. Milhares de pessoas começaram a frequentar a gruta, umas por curiosidade, outras por ódio, outras, ainda, e era a maioria, por amor a Deus.

No dia 18 de fevereiro, Bernardette recebe o convite para retornar à gruta por duas semanas seguidas. E uma garantia: “eu prometo fazer você feliz não neste mundo, mas no próximo”. A notícia correu e os pais da moça proibiram-na de ir à gruta. Aos 24 de fevereiro, a mulher fez um novo pedido a Bernardette: “oração e penitência pela conversão dos pecadores”. No dia 25 atendendo a um pedido surpreendente da mulher, Bernardette cavou o chão com as próprias mãos e bebeu da água que ali nascera. A partir de então, a água da gruta foi administrada em doentes de todo o tipo e inúmeros milagres se deram. O primeiro deles, a recuperação completa e inexplicável de uma mulher, cuja foi deformada em um acidente. A reza do terço, junto com a mulher misteriosa, era a tônica do encontro.

O governo francês proibiu o acesso à gruta, mas, Napoleão III, aos 04 de outubro de 1858 ordenou que a gruta fosse reaberta. Mesmo fechada, Bernardette conseguiu furar o bloquei e, na noite de 25 de março, conseguiu que a mulher lhe dissesse quem era: “EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO”. No dia 16 de julho do mesmo ano, se deu a última aparição. E, como numa despedida linda e momentânea, Bernardette suspirou: “Eu nunca a tinha visto tão bonita antes”. Aos 17 de novembro de 1858, a diocese local (Tarbes) constituiu uma comissão de inquérito que, em 18 de janeiro de 1860 sentenciou: “A VIRGEM MARIA, DE FATO, APARECEU A BERNARDETTE SOUBIROUS”.

De lá para cá, a cidade de Lourdes é meta de peregrinação de pessoas que, desenganadas pelas possibilidades humanas (a medicina), buscam as certezas de Deus. Não poucos milagres.

Ao longo da história, a Santíssima Virgem apareceu a homens e mulheres, com um único fim: apontar para Deus e indicar o caminho para se chegar até Ele. O Santuário Mariano que surgiu em torno da aparição é um do mais visitado do mundo. A devoção a Maria que, longe de afastar de Deus, aproxima dEle, é das mais puras e bonitas da Igreja.

Viva a Santíssima Virgem Maria, por ela, a Rainha, chegamos a Deus, o Grande e Supremo Rei.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Anchieta

José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

Contato: [email protected]

José Anchieta

José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

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