VÍDEO: Trocar fiação elétrica de postes por rede subterrânea esbarra no alto custo, avalia engenheiro
O assunto voltou à tona por causa do apagão que deixou milhares de residências sem luz em São Paulo durante tempestades com ventos superiores a 100 km/h
O desafio de trocar as redes de fiação elétrica aéreas (em postes) por redes subterrâneas no Brasil esbarra no alto custo financeiro, além de demandar uma logística de obra que seria “caótica”. Essa é a avaliação que o engenheiro Fernando Figueiredo fez na coluna Diário de Obras, do programa Olho Vivo desta terça-feira (22).
O assunto voltou à tona por causa do apagão que deixou milhares de residências sem luz em São Paulo durante tempestades com ventos de até 100 km/h.
O impacto não foi apenas nas redes de baixa tensão, mas também nas estruturas maiores. Dezessete linhas de alta tensão e 11 subestações foram desligadas durante a chuva na Grande São Paulo.
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Especialistas apontam que os apagões estão frequentemente ligados a quedas de árvores, que provocam curtos-circuitos nas linhas de transmissão aéreas, ou quedas das próprias estruturas de fiação. Por isso, a possiblidade de instalar redes subterrâneas volta sempre a ser discutida.
No entanto, Fernando Figueiredo ressalta que os custos para aterrar rede de energia elétrica são cerca de dez vezes mais caros. As obras, por sua vez, se forem de grandes proporções, iriam gerar uma situação “caótica” no cotidiano da população.
“A gente precisa nos inspirar em casos que deram certo em países desenvolvidos, mas não pode comparar coisas incomparáveis. O centro de Lodres é todo aterrado, mas tem que contar a história toda, quantos anos Londres tem, como foi esse processo”, pontua.
Em São Paulo, apenas 40 km de fiação foram aterrados desde a gestão do ex-prefeito João Doria. Na Paraíba, um exemplo bem-sucedido é o centro de Campina Grande. Porém, Fernando salienta que, por ser caro, o aterramento de fiação elétrica só contemplaria regiões em que a população tem maior poder aquisitivo.
“Eu falei de novos loteamentos, que geralmente é um pessoal que tem poder aquisitivo maior, e falei de centros urbanos. Não falei das zonas periféricas. Então, muito provavelmente, esse pessoal que já é vulnerável vai continaur sem infraestrutura.”
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