VÍDEO: Engenheiro explica importância do Código de Obras para o crescimento das cidades e critica políticos
Lei estipula normas técnicas para a execução de qualquer tipo de construção e deve orientar também o planejamento urbano das cidades
No “Diário de Obras” dessa terça-feira (2), o engenheiro Fernando Figueiredo destacou a importância do Código de Obras das cidades, uma lei que estipula as normas técnicas para a execução de qualquer tipo de construção e também deve orientar o planejamento urbano. Nele, estão definidos os procedimentos para aprovação de projetos, metodologia para execução e fiscalização das obras, licenças para execução e penalidades em casos de descumprimento da lei.
Fernando ressalta que o maior problema do urbanismo é a falta de planejamento, que deveria começar exatamente por meio do Código de Obras para ser possível um crescimento minimamente organizado. No entanto, o que se percebe, sobretudo em países maiores e mais desestruturados, é um crescimento desordenado que incide, principalmente, nas pessoas socialmente mais vulneráveis.
“Obviamente, quem vai ser mais prejudicadas são justamente as pessoas mais vulneráveis. Elas começam a morar à margem, vai se afastando das cidades e fica cada vez pior. Além disso, tem o trânsito. Quanto maior a cidade é, mais caótico o trânsito tende a se tornar. As maiores cidades do Brasil são justamente as que enfrentam maior problema porque cresceram de uma forma desordenada e não conseguem suportar a quantidade de veículos que, principalmente, os centros urbanos possuem”, acrescenta o engenheiro.
Uma possível solução seria o planejamento a longo prazo. No entanto, Fernando critica políticos que não se preocupam com esse tipo de ação governamental.
“A gente tem que botar na cabeça que as pessoas passarão, mas as cidades vão ficar e os problemas também. Então, enquanto não tiver esse entendimento de que as pessoas tem que trabalhar para o futuro, não vai dar certo. Quatro anos para um planejamento urbano é um tempo muito curto. Então, você tem que planejar primeiro para depois executar. Geralmente, faz-se ao contrário”, criticou o engenheiro.
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