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MP pede inquérito policial para investigar criminalmente ¨Máfia da Morte¨ em Sousa

Um dos acusados da venda ilegal dos túmulos é o diretor do cemitério.

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30/03/2011 às 17h41

A “Máfia da Morte” na cidade de Sousa, que monopolizava a venda de túmulos no Cemitério São João Batista vai ser investigada criminalmente. No ano passado, várias pessoas denunciaram que um mesmo terreno estava sendo vendido a mais de uma pessoa, ou seja, um túmulo tinha mais de um dono.

A senhora Maria Soraia F. de Almeida denunciou ao Ministério Público, que no túmulo de sua mãe teria sido enterrada outra pessoa. Soraia explicou que procurou a família do defunto, que estava enterrado no túmulo da sua mãe para se informar quem teria dado autorização para que se realizasse o sepultamento no local e para sua surpresa a pessoa teria afirmado que tinha comprado o terreno ao atual diretor do cemitério, Reginaldo Bezerra de Oliveira.

Soraia ficou indignada ao descobrir que tinha sido enterrada outra pessoa no túmulo da sua mãe. A popular fez uma reclamação a Reginaldo, pois fato desta natureza não poderia acontecer, mas, segundo Soraia, depois do desabafo com o diretor, até a cruz que estava no túmulo da sua mãe, sumiu do local misteriosamente.

A promotora Ana Carolina Coutinho Ramalho Cavalcanti ouviu as duas partes ainda em 2010 e determinou que autos fossem encaminhados à justiça para investigação de crime. A ação foi distribuída para a 2ª Vara e a promotora determinou na semana passada que o processo fosse remetido à Delegacia para Inquérito Policial

De acordo com informações do processo, o diretor do cemitério é um dos acusados de vender túmulos irregularmente.

Veja outra matéria divulgada no DS:

Uma pessoa identificada como Francisco, chega ao Cemitério São João Batista em Sousa a procura de um terreno para construir um túmulo para os entes queridos. Ele encontra o diretor Reginaldo Bezerra de Oliveira e pergunta a quem poderia recorrer para fazer o túmulo. De imediato, o funcionário público de confiança da administração indica um popular conhecido como Mar de Zé Rosa.

Esta é a situação de trafico de influência denunciada pela empresária Francisca de Fátima de Sousa. Nos últimos dias, Daí, como é chamada diz está sendo alvo de perseguição por ter denunciado o diretor do cemitério por usar desse expediente para prejudicar a sua venda de túmulos de mármores, em função de indicar Mar, o qual segundo ela é um atravessador que direciona clientes para empresas concorrentes ao seu negócio.

Conteúdo da gravação
Numa gravação cedida ao programa Cidade Notícia (Rádio Líder FM), Francisco que fala em nome de uma tia, pede que o diretor sugira um lugar para ele comprar mármore e granito para fazer um túmulo no cemitério. Quando o homem fala que está com o dinheiro pronto, Reginaldo recomenda o nome de Mar e se oferece para ir com ele até o local. Francisco a chega a colocar dificuldade ao dizer que está sem transporte. Entretanto, Reginaldo se propõe a levá-lo em sua moto.

DIÁRIO DO SERTÃO
 

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