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Professora cajazeirense faz homenagem a colega falecida há um mês. Veja

Na crônica denominada por ¨Três Marias numa só mulher¨, Maria do Carmo conta toda a trajetória de vida de ¨Dona Maria Diretora¨.

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09/01/2013 às 15h53

Nesta quarta-feira (09) está fazendo um mês do falecimento da professora Maria Ivonete de Melo, popularmente conhecida como “Dona Maria Diretora”. Dona Maria, que por bastante tempo atuou na Escola Municipal Professor Crispim Coelho, no bairro das Capoeiras em Cajazeiras, recebeu uma carta crônica em forma de homenagem, escrita pela também professora Maria do Carmo Santana.

Na crônica denominada por “Três Marias numa só mulher”, Maria do Carmo conta toda a trajetória de vida de “Dona Maria Diretora”, desde a época em que ela morava no sítio Genipapeiro, até sua atuação na pedagogia de Cajazeiras. Na carta, Dona Maria é tida como uma pedagoga nata.

Em uma demonstração de carinho e eternas saudades, não somente de sua colega professora Maria do Carmo, mas, como de todos os que tiveram a oportunidade de conhecê-la, a carta crônica está sendo publicada e sujeita a emocionar todos que guardam lembrança de Dona Maria Diretora.

Veja a crônica na íntegra:

                                               TRÊS MARIAS NUMA  SÓ  MULHER
Só a onipotência a de Deus é capaz de  nos ofertar com o dom maior: a vida. Entretanto este mesmo Deus nos alimenta de uma única certeza de que um dia Ele nos chamará  para sua Seara,portanto, somos cientes de que  passamos apenas uma temporada na batalha terrena cumprido a missão que nos é imposta.

Com Maria Ivonete de Melo não poderia ser diferente, no dia 09 de dezembro de 2012, atendendo ao chamado do pai celestial partiu para a eternidade, deixando familiares e amigos com  muitas saudades e ao mesmo tempo conformados com a sua falta e confortados pela graça divina.

A trajetória da  vida  de Maria Ivonete de Melo traduz grandes desafios para uma mulher da sua época na qual quantas restrições ainda existiam com relação à atuação da mulher frente à sociedade, mas ela acreditou na sua capacidade, fez valer os seus dons  galgando os degraus da sua vida driblando as dificuldades, conquistando espaços em universos diferentes neste mundo e depois num aceno silencioso deu o   seu adeus, viajou. Várias batalhas de sua vida tornaram-se marcas muito fortes as quais  identificaram a sua personalidade adquirindo assim pseudônimos  interessantes.

Como filha, passou a ser  o sustentáculo das ideias bem pensadas  fortalecendo as atitudes de seu pai “Seu Joca” o qual tinha grande admiração e confiança na sua filha.Mediante esta realidade ficou conhecida popularmente por “Maria de Joca”, ela sempre tinha uma saída para os problemas, seu pai já  disso, era uma mulher firme, entendida,primava pela justiça, coerente nas palavras e ações, a vizinhança do Sítio Genipapeiro a admirava e a respeitava bastante.

“Tia Maria,” é assim que seus sobrinhos  a chamam uma vez que não teve filhos, através dos seus gestos de benevolências às vezes de irmã passava a ser MÃE e os seus sobrinhos  filhos nascidos da genética do amor.A simpatia de  Tia  Maria sensibilizava até a quem não era sobrinho dela que passavam também a chamá-la de “tia Maria”,ela agradecia isto  com largos sorrisos e abraços  nos seus sobrinhos de brincadeirinha.

Atuou como educadora na Escola municipal Professor Crispim Coelho no Bairro Capoeiras na cidade de Cajazeiras e ficou conhecida como “Maria Diretora” esta expressão traduzia respeito e confiança das pessoas daquela localidade.”Dona Maria Diretora” era assim que todos a conheciam.Podemos dizer que o dom da conquista, do respeito às diferenças,a  responsabilidade o compromisso constituíram peças fundamentais que fizeram  da mesma um pessoa importante no setor.Vale salientar que os avanços da pedagogia ainda eram  restritos mas “Maria Diretora”já era uma grande pedagoga nata, soube agregar as experiências profissionais  às boas relações humanas direcionando aquele educandário juntamente com professores,funcionários, alunos e pais de alunos, todos acreditavam na sua competência     e  credibilidade  colaborando na preparação intelectual, social  e política dos jovens cidadãos cajazeirenses.

Além das “três Marias”; Maria Ivonete  era sinônimo e continua sendo exemplo de simplicidade, humildade, coragem, alegria, perseverança geralmente recepcionava as pessoas com uma fisionomia graciosa , não lembramo-nos de vê-la  triste. Se hoje sentimos sua falta, por outro lado admiram-nos sempre,afinal, era uma mulher admirável.  Agora, resta-nos presenteá-la com orações, rogando a Deus para o perdão das sua falhas e que a paz celestial seja seu grande refúgio.

Maria Ivonete foi assim como a rosa: abriu suas pétalas embelezou a todos com seus bons gestos, soltou o perfume da alegria e das boas ações depois fechou suas pétalas novamente, mas seu perfume agradável ficou impregnado nas mentes de quem a conheceu através do seu sorriso fortalecendo-nos de esperança e consolo para os que estão sentido saudade   

Professora: Maria do Carmo de Santana/ Cajazeiras
Professora da Rede Estadual de Ensino.

DIÁRIO DO SERTÃO
                  

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