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Sem água: Centenas de peixes morrem em rio de CZ; Ribeirinhos clamam abertura de comportas de Boqueirão

A mortandade de peixes nas lagoas que se formaram no leito do rio está gerando muita fedentina. Confira tudo aqui!

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20/09/2013 às 12h52

O fechamento das comportas do Açude de Engenheiro Ávidos (Boqueirão de Piranhas) deixou o Rio do Peixe sem água corrente. Além dos ribeirinhos que estão sem água para a irrigação de suas plantações, consumo humano e animal, o fechamento provocou uma mortandade grande de peixes.

Na última segunda-feira (16), os ribeirinhos interditaram durante todo o dia a estrada que dá acesso ao manancial, impedindo a passagem dos caminhões-pipa que pegam água na barragem para abastecer comunidades rurais do município de Cajazeiras e região.

A mortandade de peixes nas lagoas que se formaram no leito do rio são o maior problema, pois, está gerando muita fedentina. “Um verdadeiro crime ambiental”, dizem os moradores.

Na opinião de pequenos produtores que têm suas propriedades nas margens do rio, o Ibama devia intervir, resgatando esses peixes e levando-os para um açude. Porém, eles defendem a abertura das comportas, numa quantidade de água que não coloque em risco o abastecimento humano, principalmente da cidade de Cajazeiras.

O secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Cajazeiras, Arcanjo Neto fez um pedido ao Ibama regional para que colabore com a transferência dos peixes para o Açude Grande de Cajazeiras, no intuito de salvá-los.

Liberação de água
No último dia 23 de agosto, lideranças políticas da cidade de Sousa, a exemplo do prefeito André Gadelha (PMDB), deputado federal Leonardo Gadelha (PSC) e deputado estadual Lindolfo Pires (DEM) convocaram uma reunião com representantes de vários órgãos responsáveis pela distribuição das águas, quando tentaram mostrar a necessidade e viabilidade da liberação de seis milhões de metros cúbicos de água da barragem de Engenheiro Ávidos para salvar o perímetro irrigado de São Gonçalo e evitar um colapso no abastecimento d’água da cidade de Sousa.

Na ocasião, lideranças políticas e a sociedade civil de Cajazeiras se manifestaram contra a liberação, por meio dos veículos de comunicação, da Câmara Municipal, do vice-prefeito de Cajazeiras, Júnior Araújo (PDT) e do engenheiro agrônomo Adalberto Nogueira.

O prefeito de Sousa e o deputado Leonardo Gadelha não desistiram da liberação dos seis milhões de metros cúbicos de água e na última quarta-feira (18) estiveram em Brasília reunidos com a ANA (Agência Nacional das Águas), onde voltaram a defender a necessidade dessa água para salvar a plantação de cocos em São Gonçalo. A ANA ficou de ouvir a AESA (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba) e o Governo do Estado.

Complicado
No dia 19 de julho deste ano, o DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), mesmo com a reação contrária das entidades que integram o Comitê das Bacias e de diversos segmentos sociais e políticos de Cajazeiras, decidiu liberar 18 milhões de metros cúbicos de água do Açude de Engenheiro Ávidos, alegando que era preciso abastecer Nazarezinho e o Distrito de Gravatá, além de reposição de água do Açude de São Gonçalo, para a irrigação de banana e coco, no Perímetro Irrigado.

DIÁRIO DO SERTÃO com informações do Gazeta do Alto Piranhas

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