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Vereador mais votado da Paraíba dá zero a Ricardo Coutnho e discorda que padres e gays casem. Vídeo!

Vereador falou sobre candidatura a deputado estadual e deu nota zero a presidente de seu partido: ¨Péssimo dirigente¨

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14/11/2013 às 18h53

Em uma polêmica entrevista, o Programa Frente a Frente da TV Diário do Sertão, apresentado pelo jornalista Jackson Queiroga, recebeu esta semana o vereador pessoense Raoni Mendes (PDT) campeão de votos no Estado no último pleito e que se coloca como pré-candidato a Deputado Estadual nas eleições vindouras de 2014. Em uma hora e meia de entrevista ele falou sobre diversos assuntos, incluindo vida pessoal, começo da vida pública que inclui cargos de secretário adjunto na Prefeitura de João Pessoa e diretor do Espaço Cultural dentre outras funções como a de coordenador da agenda de campanha do atual governador Ricardo Coutinho a quem faz críticas severas.

De boa oratória e discurso aguçado na tentativa de posicionar sempre de forma contundente e austera, o vereador Raoni, deixa sempre muito claro sua grande ligação com alas da Igreja Católica recebendo inclusive apoio do Arcebispo da Paraíba Dom Aldo Pagotto.

Ele não deu pouco zeros, nem críticas na sua participação do quadro “Que nota você dá”, que tem formato polêmico, onde o convidado tem que se posicionar dando notas de dez ou zero a questões ou personalidades propostas pela produção do programa.

Poucas notas dez
Ele foi econômico com as notas dez, as dando em apenas três situações. Ele deu nota máxima a seus dois filhos Rafael e Davi, ao seu próprio nome como candidato a Deputado Estadual ano que vem e, espantosamente, para o seu concorrente ao cargo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, o vereador Lucas Brito da bancada da oposição ao Prefeito Luciano Cartaxo.

Zero para os serviços do Sistema único de Saúde o SUS
Ao falar da situação atual dos nossos serviços de saúde pública oferecidos pelo SUS, Raoni reconheceu que houve avanços consideráveis como a universalidade e a regulação, passando também pelo aumento de recursos que são investidos, porém, segundo ele, ainda é muito pouco e a população mais carente sofre com essa realidade.

Com base nisso, um dos projetos mais polêmicos que tramitam na Câmara Municipal de João Pessoa, que é de sua autoria, pede que o prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos na próxima legislatura abram mão dos serviços particulares de seus planos de saúde e sejam obrigatoriamente atendidos em hospitais e postos públicos do SUS.

“Passamos duas semanas discutindo os serviços do SUS, na presença do secretário de saúde, e só ouvimos elogios, no entanto diariamente eu recebo inúmeras reclamações, meus colegas elogiando e eu só recebendo problemas, aí eu disse então se todos estão elogiando é por que realmente o SUS deve ser bom, então vamos todos usá-lo”, disse.

Com esperança que o citado projeto vá mesmo à plenária Raoni quer que seus colegas façam o que ele chamou de experiência de quatro anos com o Sistema Único de Saúde, só assim, de acordo com ele, poderia melhorar os serviços, quando os políticos sentissem na pele as agruras do atendimento público de saúde.

“Nós só educamos o povo pelo exemplo. Dê exemplo na sua própria carne, passe o que o povo passa no dia a dia em busca de saúde”, completou.

Zero para Ricardo Coutinho
Quando o tema foi o Governador do Estado o vereador não titubeou em soltar ásperas “farpas” contra Ricardo.

“Fui secretário adjunto de Ricardo e tive dificuldades de relação com ele. […] Ele é personalizador, centralizador, só ele pode, só ele é, só ele acha”, disse Raoni.

Aparentemente decepcionado o vereador afirmou que Coutinho não costuma reconhecer méritos alheios. “A característica de Ricardo é não reconhecer, eu digo isso de forma tranquila, tive a oportunidade de ser seu auxiliar, coordenei a sua agenda de campanha, viajei os interiores para promover o nome dele e não tive nenhum reconhecimento, parecia que nós não tínhamos feito nada, parecia que só ele tinha sido capaz de tudo isso”, desabafou Raoni.

Ao se reportar sobre o orçamento democrático, ele chamou de “Orçamento que se diz democrático”, numa clara crítica a ação de governo que viaja as cidades para ouvir sugestões de aplicação das ações do Estado. Ouvir a população e não aplicar aquilo que ela pede não tem nada de democrático, detonou o jovem e inquieto vereador.

Zero para o presidente do seu próprio partido, o deputado Damião Feliciano
Em um dos não raros momentos de coragem na entrevista, Raoni disparou sua artilharia pesada contra o presidente da sua própria legenda, Damião Feliciano.

“A omissão do qual a conduta que esse cidadão tem com o partido merece zero”, afirmou.

Na sua argumentação ele disse em alto e bom som que Damião Feliciano era um péssimo dirigente de partido e que, baseado nos pilares da democracia, não temia ter problemas na sua legenda para o ano que vem, no qual tentará ser candidato a Deputado Estadual.

“Nosso partido saiu doze anos atrás de 26 prefeitos para dois prefeitos atualmente, de três deputados estaduais para nenhum hoje, saímos de 196 vereadores no Estado para apenas 25 nessa legislatura. Nós estamos em ascendência ou decadência? Eu acredito que estamos em decadência”, detonou Raoni Mendes.

Outros zeros
De forma recorde, Raoni Mendes concedeu apenas três notas dez, dos dez temas propostos nos envelopes. Sem meias-verdades e indo direto ao ponto ele distribuiu críticas e desapontamentos com a maior parte dos assuntos que se deparou. Os outros zeros foram para o Pastor Waldomiro Santiago, para Possível aliança PDT / PMDB em 2014, para o casamento homoafetivo e a liberação de casamento para padres.

Veja Vídeo!

DIÁRIO DO SERTÃO

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