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VÍDEO: Historiador encontra pegadas de dinossauro inéditas em fazenda na zona rural de Sousa

Luiz Carlos Gomes enviou fotos das pegadas ao padre paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi para que o especialista possa identificar de qual espécie são as marcas fossilizadas

Por Luis Fernando Mifô

10/09/2024 às 18h02 • atualizado em 10/09/2024 às 18h03

O funcionário público aposentado Luiz Carlos Gomes, de 79 anos, encontrou no último domingo novas pegadas de dinossauro no município de Sousa, no Sertão da Paraíba. A descoberta aconteceu nas propriedades da fazenda Buscapé, na região da Lagoa dos Estrelas, que fica na zona rural no município. As pegadas são diferentes de todas as demais já encontradas na região conhecida como Vale dos Dinossauros.

Luiz Carlos enviou fotos ao padre paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi, que realiza pesquisas na região desde a década de 1970, para que o especialista possa identificar de qual espécie são as marcas fossilizadas.

O aposentado Luiz Carlos adquiriu o hobby de fazer pesquisas paleontológicas no Alto Sertão paraibano em 1975, quando ele encontrou o primeiro rastro de dinossauro no sítio Juazeirinho, município de São João do Rio do Peixe. Naquela oportunidade, ele imaginou se tratar de uma pegada deixada por uma galinha gigante dos tempos pré-históricos.

Naquele mesmo dia, Luiz Carlos levou a notícia da descoberta ao paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi, que estava hospedado na região. Giuseppe identificou outras pegadas e as catalogou identificando como ANJU 1 e ANJU 2 (AN de Antenor Navarro, antigo nome de São João do Rio do Peixe; e JU de Juazeirinho). Meses depois, estava com a publicação daquela descoberta num congresso de paleontologia na Argentina.

Novas pegadas de dinossauro encontradas por Luiz Carlos Gomes (Foto: Arquivo Pessoal)

Luiz Carlos já encontrou dezenas de rastros de dinossauros, de terópode (três dedos) e sauropodes (redondos), como este encontrado na fazenda Buscapé, mas com duas almofadas na pegada.

Dentre as descobertas, a mais fascinante ocorreu em 2014, quando Luiz Carlos localizou um osso (fíbia) parcialmente encravado em uma rocha sedimentar no curso de um rio no sítio Lagoa do Forno, também em Sousa. O fóssil recebeu o nome de SOUSATITAN pela paleontóloga e professora Aline Ghilhardi.

DIÁRIO DO SERTÃO

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