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Garota de dez anos contrai calazar no Vale do Piancó; população atribui problema a condições sanitárias. Veja!

Alguns dos maiores depositários do protozoário que provoca a doença são os cachorros, ratos e equinos.

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08/07/2014 às 12h00

Calazar. Foto: Reprodução da internet

O caso de uma menina de um ano e dez meses, moradora de Itaporanga, está assustando moradores do Vale do Piancó. A garota está em tratamento em Campina Grande contra uma doença que pode matar se não for tratada rapidamente: o calazar.

A enfermidade, também chamada de “leishmaniose visceral”, ataca os órgãos internos e é provocada por um protozoário transmitido a humanos e alguns outros mamíferos por uma espécie de mosquito conhecido como flebotomíneo.

A população está atribuindo o caso a alguns problemas existentes no município, como condições sanitárias, lixo, dejetos e animais soltos pela cidade. Esses fatores podem contribuir para a proliferação dos insetos transmissores da doença e de animais que armazenam o microorganismo.

Alguns dos maiores depositários do protozoário que provoca a doença são os cachorros, ratos e equinos. Depois de picar esses animais, o inseto infeciona a pessoa. Os sintomas mais comuns são febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência. Doenças causadas por bactérias (principalmente pneumonias) ou manifestações hemorrágicas são as causas mais frequentes de morte nos casos de leishmaniose visceral, especialmente em crianças.

No caso da criança de Itaporanga, ela chegou a ficar em coma, mas teve uma melhora em seu quadro clínico nos últimos dias graças à rapidez do tratamento: mesmo antes da confirmação da doença pelo exame, a médica que está cuidando da menina começou a tratá-la por ter a certeza da enfermidade.

De acordo com informações, alguns casos da doença foram diagnosticados ultimamente em Itaporanga, o que deve merecer a preocupação das autoridades em saúde pública e a sociedade.

DIÁRIO DO SERTÃO com Folha do Vali

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