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Bitcoin em tempos de crise: por que esse investimento tem crescido?

Desde a primeira compra física envolvendo Bitcoins, que no caso foram duas pizzas pelo valor hoje inacreditável de 10.000 BTC, as coisas mudaram muito.

Por Por Luana Biral

04/12/2024 às 15h57

Foto de Amjith S na Unsplash

Como muita gente já sabe, ter uma Bitcoin (inteira) hoje significa ter uma pequena fortuna. Tanto que o acompanhamento do gráfico Bitcoin é constante para uma grande quantidade de pessoas. Poucos, porém, podiam imaginar que essa seria a realidade quando a moeda virtual foi criada, entre 2008 e 2009, por um indivíduo ou grupo usando o nome de Satoshi Nakamoto.

Desde a primeira compra física envolvendo Bitcoins, que no caso foram duas pizzas pelo valor hoje inacreditável de 10.000 BTC, as coisas mudaram muito.

As criptomoedas tem grandes momentos de valorização e desvalorização, mas tem experimentado crescimento exponencial em 2024, especialmente depois da eleição do presidente Donald Trump para seu segundo mandato nos EUA.

Com o aumento do valor da moeda, novamente o interesse generalizado por ela cresce, bem como pelas criptomoedas no geral. Vamos entender mais sobre o assunto e falar porque esse tipo de investimento pode ser algo a se considerar, ainda que implique em certos riscos.

Investimento mais rentável, mas com mais riscos
Como exposto anteriormente, poucos ativos têm uma variação de valor tão grande quanto o Bitcoin ao vermos o gráfico Bitcoin hoje agora. Já é claro que pode ser, sim, um investimento de resultados agressivamente positivos, mas os riscos existem e não devem ser desconsiderados.

Estamos falando de um ativo com lógica de commodity – inclusive, os reguladores financeiros dos EUA já entendem a Bitcoin como commodity em si. Isso quer dizer, portanto, que existe uma imprevisibilidade generalizada em relação à flutuação.

Assim, embora de fato represente um negócio que pode dar grandes frutos, é preciso estar atento à possibilidade de quedas, que são normais e esperadas, mas podem pegar o investidos incauto desprevenido.

Como entrar no mundo dos Bitcoins?
A tempo: antes de começar a investir em Bitcoin ou outras criptomoedas, é preciso entender o que elas são, especialmente se você não tem experiência no assunto.

Criptomoedas são ativos virtuais baseados em blockchains. Em termos mais simples, significa que uma unidade de moeda é o resultado de um algoritmo complexo gerado por computador, e que necessariamente deixa um rastro virtual permanente. É assim que a moeda se torna única e limitada em sua quantia final.

Essa limitação, aliás, é o que faz do Bitcoin um dos ativos mais valorizados do mundo hoje. Quando da sua criação, os criadores determinaram que haveria um número fixo e finito de 21 milhões de unidades da moeda a serem extraídas. Por “extraído” entenda: obtida através de processos altamente complexos de computação, em geral envolvendo máquinas avançadíssimas dedicadas exclusivamente a isso.

Poucas pessoas “comuns” hoje se dedicam à mineração (nome coloquial dado ao processo de extração de criptomoedas da web), tanto pela inacessibilidade aos equipamentos necessários para isso quanto pela grande concorrência.

Como investir em criptomoedas, então? Simples: indo atrás das que já existem. Para isso, em geral os investidores criam contas em corretoras especializadas, que servem para intermediar as negociações e fornecer segurança. Porém é preciso fazer uma grande pesquisa para entender quais são as melhores corretoras e quais oferecem ambientes seguros não só para negociar, mas também para criar uma conta informando seus dados e manter sua carteira ali, protegida de ataques de hackers.

Bitcoin e criptomoedas em tempos de crise
Não é coincidência que as criptomoedas, especialmente o Bitcoin, tenham disparado com a notícia da eleição de Donald Trump nos EUA. Além de ser defensor das criptomoedas, o presidente eleito é um entusiasta da tecnologia e conta com assessores e apoiadores que estão relacionados ao mercado de criptos.

Não é a primeira vez que decisões políticas afetam diretamente o uso das criptomoedas. Há alguns anos, por exemplo, El Salvador tornou a Bitcoin uma moeda oficial e legal em seu país.

O que deve estar claro é que muita gente enxerga as criptomoedas hoje como subterfúgio e garantias contra movimentações instáveis da economia. Assim como muita gente no Brasil pensa na dolarização das próprias finanças como estratégia defensiva, outros interpretam a Bitcoin como possuidora da mesma função, claro, com perfis diferentes.

O segredo, como sempre nos investimentos, é diversificar e ter proteções contra os mais diversos cenários, nunca deixando todos os ovos na mesma cesta. Ainda mais porque além das criptomoedas há dezenas de novos produtos financeiros para investir, muito além da poupança, ações e títulos do governo.

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