Comitê de Energias Renováveis do Semiárido de Sousa celebra quatro anos de atuação
O objetivo do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (Cersa) é mostrar o grande potencial energético do semiárido
O Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (Cersa), com sede em Sousa-PB, celebra terça-feira (17), quatro anos de atividades. O Comitê é um coletivo do qual fazem parte várias organizações, pesquisadores e colaboradores. Fundado em julho de 2014 fruto da inquietação de ativistas ambientais, pesquisadores, organizações não-governamentais, reunidos e com a consciência de que o semiárido brasileiro dispõe de um dos mais altos índices de insolação do planeta, o que significa uma privilegiada potencialidade de contribuir com a produção de energia elétrica e térmica solar.
O objetivo do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (Cersa) é mostrar o grande potencial energético do semiárido. É possível aproveitar os raios solares para gerar energia nos telhados de casas e, escolas, hospitais e prédios, beneficiando as pessoas e o meio ambiente. A energia solar fotovoltaica torna-se realidade como uma alternativa energética renovável, limpa e sustentável para o desenvolvimento da matriz elétrica do Brasil.
“A data tem o objetivo de ir além das comemorações, mas proporcionar momentos reflexivos sobre avanços e perspectivas do trabalho realizado pelo Comitê de Energias Renováveis do Semiárido e instituições parceiras que buscam alternativas para promover uma vida mais digna para os sertanejos/as”, disse o coordenador César Nóbrega.
São parceiros do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (Cersa), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o projeto “Fortalecimento de alternativas em áreas vulneráveis aos efeitos negativos das mudanças climáticas no semiárido paraibano”, cujo nome fantasia é Semiárido Solar, Programa de Ação Social de Políticas Públicas (PASPP) da Diocese de Cajazeiras, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), ONG Germinar de Pombal, Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil (FNPE), Fórum Três Mais Um e Rede ODS Brasil.
O Comitê é formado pelo advogado, marxista, militante ecossocialista, Júlio César Nóbrega Gadelha, professor mestre da UFCG, Paulo Abrantes de Oliveira, professor titular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba com doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba, Walmeran Tríndade, professora da UFCG, Ricélia Marinho, professora Lúcia Mara de Figueiredo, professor aposentado da UFCG, Antônio Nóbrega, membro do Programa de Ação Social de Políticas Públicas (PASPP) da Diocese de Cajazeiras Ayres Humberto, engenheiro agrônomo Irinaldo Araújo, professor do IFRN, Augusto Fialho, professor do IFPB, Eliezer Siqueira, professor do IFPB, Pedro Couto, membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Antônio Cleides, antropólogo Robson Siqueira, psicóloga da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Vanúbia Martins
“As Prefeituras Municipais poderão proceder a elaboração de um Plano de Ação para disponibilizar o uso de fontes renováveis, em especial da energia solar, em locais como escolas, unidades de saúde e etc.”, disse César Nóbrega.
Paroquia Nossa Senhora Sant’Ana adere ao uso de energia solar
O Projeto Paróquia Solar do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (CERSA), inaugurou no dia 6 de julho, um sistema fotovoltaico instalado pela paróquia de Sant’Ana. A potência total instalada na igreja é de 40 kWp, sendo que 5 KWp foi uma doação do projeto Semiárido Solar. O restante foi adquirido com recursos da própria paróquia. O objetivo é que através do apoio do Comitê, da paróquia, e da Diocese de Cajazeiras, outras igrejas tenham a mesma iniciativa. De acordo com o Comitê de Energias Renováveis, a igreja Santana será a primeira na Paraíba e uma das pioneiras em todo território nacional a usar esse sistema.
Escola Estadual de Sousa é pioneira e inaugura sistema solar para fornecimento de energia
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Dione Diniz Oliveira Dias no Núcleo Habitacional II, Sousa-PB é a primeira escola estadual da Paraíba a inaugurar um sistema solar fotovoltaico interligado à rede elétrica. O projeto foi realizado em parceria com o Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (Cersa), o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, Misereor (entidade da Igreja Católica na Alemanha) e Cáritas Brasileira.
De acordo com César Nóbrega, coordenador do Cersa e integrante da Frente Nova Política Energética para o Brasil, são 12 placas de 3,2 KWp que vão gerar 350 KW hora por mês para a escola. “O fundamental nisso é que será também um instrumental pedagógico”, disse César. A primeira etapa do projeto começou em 2016, com a realização de oficinas e palestras com alunos e comunidade sobre matriz energética e mudanças climáticas. A segunda foi a implantação do sistema e a terceira etapa é trabalhar a gestão e eficiência energética.
Para o Professor Valmeran Trindade a instalação de um kit fotovoltaico, na modalidade de compartilhamento de energia, com uma família agricultora, assentada da reforma agrária, é uma experiência que tem como objetivo a quebra do paradigma de que a energia planetária é um tipo de mercadoria que serve, simplesmente, para a geração de capital.
Para o advogado César Nóbrega, aproveitar a energia solar fotovoltaica em telhados e fachadas de edifícios residenciais, comerciais, industriais, públicos e rurais é um negócio sustentável dos pontos de vista econômico, social e ambiental.
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