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Depois de três ordens da Justiça, mulher morre no Sertão por falta de medicamento

A Justiça já tinha determinado o cumprimento da sentença a favor da agricultora por três vezes.

Por Diário do Sertão

22/04/2016 às 06h20 • atualizado em 22/04/2016 às 06h25

Uma mulher da cidade de Pombal, no Sertão do estado morreu nessa quinta-feira (21), vítima de câncer após esperar dois meses por cumprimento de uma determinação judicial para compra de dois medicamentos para o seu tratamento.

A agricultora Rozelita de Farias, 48 anos disse em entrevista do último dia 9 de abril que queria muito viver, pois tinha um filho pequeno ainda, mas não resistiu e foi a óbito no hospital de Pombal. “Preciso muito viver. Quero muito viver”, dizia ela.

A Justiça já tinha determinado o cumprimento da sentença a favor da agricultora por três vezes, inclusive com a imputação de multa, mas segundo a família, nenhuma delas foi cumprida.

Veja mais: Com câncer, mulher do Sertão ganha ação na Justiça para remédio, mas nunca chegou

Ela tinha câncer de mamas, mas avançou e alcançou os pulmões. Há dez meses ela havia começado o tratamento em Campina Grande, mas a falta desses dois medicamentos teria impedido a continuidade do tratamento.

O advogado Diego Diniz, amigo da família, que entrou com uma ação judicial lamentou o fato e disse que nunca tinha vista uma desembargadora dá três liminares seguidas, porém sem cumprimento.

A irmã da agricultora, Valdilene de Farias disse que se ela tivesse tomado a medicação na data da prescrição médica, ainda estaria viva.

O outro lado
A Secretaria de Saúde do estado e do município de Pombal se solidarizaram com a família e justificaram a demora com a abrigatoriedade de licitação para a compra de medicação.

DIÁRIO DO SERTÃO

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