VÍDEO: Padre de Itaporanga diz que carne renunciada por católicos na Quaresma deve ser doada como caridade
O religioso criticou também comerciantes que exageram nos preços dos produtos que tradicionalmente são consumidos pelos cristãos: "estão agindo de má fé"
O padre Rodolfo Fernandes da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Itaporanga, no Vale do Piancó, disse durante entrevista ao repórter Claudio Nepó, que os cristãos católicos tem a obrigação religiosa de fazer abstinência de carne apenas dois dias durante a Quaresma. Ele explicou que além disso, trata-se de uma questão referente ao exercício de fé de cada pessoa humana com respeito ao jejum e a penitência pessoal de cada um.
“Na verdade a igreja apresenta como uma norma obrigatória, um preceito cristão, todos os católicos do mundo, fazer a abstinência de carne na Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira da Paixão. A igreja pede dois dias, o início da Quaresma que é na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão, de forma que a penitência quaresmal, a penitência que nós realizamos na Semana Santa, ela seja este gesto de renúncia daquilo que nós achamos mais saboroso ao nosso paladar”, destacou o sacerdote.
CARIDADE
Segundo o padre, não adianta fazer um jejum de alimentos quando não há a prática do amor ao próximo. De acordo com sua teoria, a carne renunciada deve ser ofertada a famílias carentes.
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“A abstinência da carne deve ser transformada em um gesto de caridade a alguém que dificilmente tem condições de ter carne em sua mesa, então o meu jejum, a minha abstinência de carne ela deve ser revertida em um ato de caridade, pegar aquela carne que eu renunciei na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão para doar a alguém que não tem, alguém que dificilmente tem acesso à mistura para comer com seu feijão, com seu arroz”, frisou.
“Não adianta fazer a abstinência durante toda a Quaresma se você é incapaz de partilhar com um mais pobre, um pedaço de carne que tanto falta em sua mesa”, acrescentou.
COMERCIANTES
Questionado pelo radialista Claudio Nepó sobre comerciantes que exageram nos preços dos produtos que costumeiramente os católicos compram na Semana Santa, como: peixes, queijos, bolos, entre outros, o religioso criticou duramente tais atitudes e disse que empresários que agem assim “estão agindo de má fé”.
“É adulteração de balança […]. Eu acredito que o bom comerciante, aquele que verdadeiramente tem o sentimento cristão, a gente compreende que é um serviço da sociedade ele vender o peixe, ele vender o queijo, mas não usemos de má fé para poder usufruir do sentimento religioso para explorar a sociedade, a comunidade”, pontuou o padre Rodolfo.
DIÁRIO DO SERTÃO
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