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VÍDEO: Padre exorcista da Diocese de Cajazeiras revela convite para ministério, desafios e requisitos do cargo

Padre Sydenando Alecrim foi oficialmente nomeado para a função de exorcista da Diocese de Cajazeiras em 2021, pelo bispo diocesano Dom Francisco de Sales

Por Priscila Tavares

20/03/2023 às 17h52 • atualizado em 20/03/2023 às 18h49

O Padre Sydenando Alecrim, exorcista da Diocese de Cajazeiras, revelou em entrevista ao Diário do News da TV Diário do Sertão como foi escolhido pelo bispo diocesano Dom Francisco de Sales para assumir o ministério, dos desafios da função e dos requisitos para assumir o cargo, no período da pandemia de Covid-19.

Atualmente, na Diocese de Cajazeiras, ele é o único padre nomeado para a função de exorcista. Durante a entrevista à TV Diário do Sertão ele contou que tem um pouco mais de um ano que está oficialmente no ministério. Explicou ser uma prática que acompanha a Igreja desde o seu nascimento e que é uma função exclusiva do bispo.

“O Ministério dos Exorcismos sempre foi um prática na Igreja desde a Era Apostólica quando Nosso Senhor, após a sua ressurreição, envia seus discípulos e com esta missão vem a dimensão de exorcizar, expulsar os demônios. É importante lembrar que esse ministério é do bispo. Na Diocese que um bispo não nomeia um sacerdote para está função ele assume a mesma. Na Diocese existe um primeiro exorcista que é o bispo, agora ele pode delegar essa função a qualquer presbítero que ele achar conveniente”, disse Padre Sydenando, pároco de São Francisco, município localizada na região de Sousa, sertão da Paraíba.

O sacerdote disse que desde então a igreja conserva essa prática de exorcismos e, segundo ele, os bispos são legítimos sucessores dos apóstolos e ficaram nessa função sendo dele a escolha direta para o presbítero que irá lhe acompanhar.

Padre Sydnando e o presentador Caliel Conrado (Foto: TVDS)

Segundo Padre Sydenando a escolha do sacerdote para o ministério leva em consideração algumas exigências e que o Código de Direito Canônico traz algumas normas que devem ser observadas.

“Primeiro: não é somente um querer, até porque isso nem é status é um serviço e um serviço muito árduo que exige de nossa parte uma energia e uma disposição muito intensa. O exorcista deve ser um homem presbítero de vida de oração dotado de piedade, da sua espiritualidade, da sua vida de oração e consagração de entrega a Deus, vai também sendo exigido por parte dele a prudência, a sabedoria…um homem dotado de ciência, de prudência, além da integridade moral, integridade de vida, que dá um bom exemplo na conduta, na forma de agir, de viver a sua fé no meio dos seus irmãos”, ressalta.

Além desses critérios o sacerdote aponta como algo muito importante a dimensão da obediência, “porque o nosso ministério é coordenado e dirigido pelo nosso bispo, então nós não caminhamos sozinhos”.

Sobre sua nomeação ele contou que inicialmente se sentiu receoso e impactado com o convite, que nunca tinha se imagina assumindo tal ministério. “Sempre há receios porque, principalmente nos tempos atuais, onde existe uma realidade muito difícil de ser lidada; lidar muitas vezes com o desconhecido nos gera medos, receios”, disse o padre.

O sacerdote explicou como funciona hoje a formação para ser um padre exorcista. “Antes do Concílio Vaticano II o exorcismo fazia parte das ordens menores, todos os sacerdotes para serem ordenados recebiam do bispo esse ministério. Com a reformulação do rito que o Concílio Vaticano II apresentou  o exorcismo passou de ordem menor para ser resguardado unicamente pelo bispo e confiado ao sacerdote que ele escolher”, explicou.

ASSISTA A ENTREVISTA DO PADRE SYDENANDO ALECRIM NA ÍNTEGRA NO VÍDEO ABAIXO:

DIÁRIO DO SERTÃO

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