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VÍDEO: Com procissão nas ruas, lembrando as missões, devotos de Frei Damião se emocionam em Cajazeiras

Os fiéis conduziram uma imagem do frade capuchinho, medindo 1 metro e 80 centímetros e seguiram pelas ruas com destino à Agrovila, aonde a imagem e um cruzeiro foram fincados

Por José Dias Neto

01/06/2022 às 09h32 • atualizado em 01/06/2022 às 09h49

Os católicos de Cajazeiras demonstraram sua devoção a Frei Damião nesta terça-feira (31), com uma caminhada pela zona sul de Cajazeiras, na IV Romaria em memória do ‘santo missionário do Nordeste’, cuja morte completa 25 anos.

A concentração dos fieis ocorreu no Parque Dom Bosco, local onde foi celebrada a última missa de frei Damião em Cajazeiras. Em seguida, ainda no bairro de Capoeiras, os fiéis recepcionaram a imagem do frade capuchinho, medindo 1 metro e 80 centímetros e seguiram pelas ruas com destino à Agrovila, aonde a imagem e um cruzeiro foram fincados para veneração popular, em um terreno doado por um devoto para se transformar em um santuário em honra ao inesquecível, Frei Damião.

A IV Romaria, organizada por Elmo Lacerda, ainda contou com a celebração da palavra através da pregação do padre Francivaldo do Nascimento Albuquerque, que conviveu com Frei Damião em várias Santas Missões.

IV Romaria em memória de Frei Damião, o ‘santo missionário do Nordeste’. Foto: Diário do Sertão

Dona Inês dos Santos, devota do Santo Capuchinho, expressou sua fé e falou do legado do Frei: “Valeu apena não só para nós, mas para todas as comunidades cajazeirenses e o nosso Nordeste, porque o nosso missionário Frei Damião nos deixou um legado muito bom, porque nos ensinou a devoção à Nossa Senhora”, disse.

IV Romaria em memória de Frei Damião, o ‘santo missionário do Nordeste’. Foto: Diário do Sertão

O doador do terreno onde foi colocada a imagem, seu Pedro Silva, falou de sua alegria em saber que a estátua ficará ali de forma contínua: “Estou muito feliz porque é uma honra muito grande a gente está instalando este cruzeiro, esta estátua aqui, porque vai ficar permanente”, ressaltou.

VISITE O SANTUÁRIO

O Santuário de Frei Damião está localizado na Agrovila, zona sul de Cajazeiras.

IV Romaria em memória de Frei Damião, o ‘santo missionário do Nordeste’. Foto: Diário do Sertão

GALERIA DE FOTOS MOSTRA A DEVOÇÃO DOS ROMEIROS E A FÉ NA IV ROMARIA DE FREI DAMIÃO

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A VIDA DO MISSIONÁRIO DO NORDESTE

Frei Damião nasceu em Bozzano, na Itália, em 5 de novembro de 1898, tendo recebido o nome de Pio Gianotti. Aos 13 anos, ingressou no Seminário Seráfico de Camigliano, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Em julho de 1915, emitiu os primeiros votos e recebeu o nome de frei Damião de Bozzano. Mas, precisou interromper os seus estudos de Filosofia após ser convocado, em setembro de 1918, para o serviço militar na Primeira Guerra Mundial. Retornou ao convento ao fim da guerra e emitiu sua profissão perpétua. Foi ordenado sacerdote em 25 de agosto de 1923, em Roma.

Em 1931, foi enviado ao Brasil e se estabeleceu no convento Nossa Senhora da Penha, em Recife (PE). Depois disso, foram 66 anos dedicados às santas missões, que eram uma semana missionária, em que ele se dedicava a proclamar a Palavra de Deus em uma cidade. Frei Damião fazia sermões, catequeses, visita aos doentes, aos presos. Além disso, atendia confissões por mais de 12 horas por dia.

Com os anos, adquiriu uma deformação na coluna que o deixou encurvado, provocando dificuldades na fala e na respiração. Além disso, durante muito tempo, sofre de erisipela, devido à má circulação sanguínea.

Em 1990, sofreu uma embolia pulmonar, por isso, a partir de então, diminuiu o ritmo das Santas Missões, passando apenas para os finais de semana. Mas, sua saúde se agravou em 1997. Em 12 de maio daquele ano, foi internado no Real Hospital Português, na capital pernambucana, onde foi visto realizando aquele que foi chamada “sua última missão”, rezou o terço com o povo em uma das salas do hospital. No dia seguinte, 13 de maio, sofreu um derrame cerebral e foi levado para a UTI, vindo a morrer em 31 de maio de 1997, aos 98 anos. Seu corpo foi enterrado na capela de Nossa Senhora das Graças, de quem era devoto, no Convento São Félix, em Recife.

DIÁRIO DO SERTÃO

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