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EXCLUSIVO: Pela 1ª vez, TV mostra terreiro de candomblé de Cajazeiras: “Existe todo tipo de pessoa aqui”

Reportagem da TV Diário do Sertão mostra como é por dentro o Ilê Asé Odé Uajá, terreiro de candomblé localizado no bairro Pio X, Zona Norte de Cajazeiras

Por Luis Fernando Mifô

23/04/2018 às 14h47 • atualizado em 23/04/2018 às 23h21

Uma reportagem exclusiva da TV Diário do Sertão mostra como é por dentro o Ilê Asé Odé Uajá, terreiro de candomblé localizado no bairro Pio X, Zona Norte de Cajazeiras. Essa é a primeira vez que uma equipe de TV teve permissão para entrar e gravar no local.

O repórter José Dias Neto conversou com o dono do terreiro, o babalorixá Anderson Leite, que relatou sua trajetória na religião afrodescendente e os desafios que enfrentou para instalar o terreiro na comunidade.

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Anderson Leite é pai de santo desde os 19 anos de idade. Há 21 anos, fundou o Ilê Asé Odé Uajá em Cajazeiras. Mas no começo teve que enfrentar muitos preconceitos.

“Existia bastante preconceito e resistência. Mas quando você trata até mesmo um animal com respeito, ele vai te respeitar. Assim também são as pessoas. Então, fui tentando conquistar, dialogar, e as pessoas foram se chegando e conhecendo”, recorda

Babalorixá Anderson Leite

Ele sabe que hoje em dia ainda há muita discriminação contra as religiões de matriz africana. Mas, em grande parte dos casos, é por falta de conhecimento. “A pior pobreza do mundo é a ignorância. É quando você não conhece e julga”, frisou.

Terreiro Ilê Asé Odé Uajá, localizado no bairro Pio X, em Cajazeiras

Para driblar os preconceitos, esclarecer as pessoas e ser melhor aceito na comunidade, Anderson lançou mão da estratégia que todo pai de santo usa: o sincretismo religioso, ou seja, relacionar santos da Igreja Católica aos orixás.

“As pessoas começaram a conhecer, a ver, e hoje em dia existe todo tipo de pessoa aqui dentro, porque foi-se descobrir a grandeza da religião. Na realidade não existe nenhuma religião ruim. O mal está dentro do coração de cada ser humano. Eu sou católico também. Fu batizado e crismado. Sou da Igreja Católica também e tenho muito respeito por ela”, explica.

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