VÍDEO: Jeferson diz que Luquinha fez aliança ‘de caso pensado’ para romper após a eleição: “Questão de ego”

Em entrevista ao programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, nesta terça-feira (16), o vice-prefeito Jeferson Vieira (PT), do município de Marizópolis, no Sertão paraibano, detalhou bastidores do rompimento entre seu grupo político e o grupo do prefeito Lucas Gonçalves Braga (Luquinha do Brasil – PSB) na cidade.

Segundo ele, Luquinha aceitou a aliança em 2023 apenas visando vencer as eleições no ano seguinte com a ajuda dos votos dos eleitores de Jeferson, mas logo depois deu início a um processo gradativo de rompimento demitindo aos poucos os indicados do vice-prefeito em cargos da gestão. Jeferson também acusa Luquinha de ter influência direta na tentativa de arremate da casa do seu pai, o ex-prefeito Zé Vieira, em um leilão da Justiça.

Jeferson conta que o acordo era para que o prefeito Luquinha desse pelo menos 40 vagas na Prefeitura para pessoas indicadas pelo grupo do vice-prefeito. No entanto, foram apenas 17 vagas ocupadas. Desses 17 aliados de Jeferson, 10 foram exonerados no começo de 2025. A partir daí, insatisfeitos, Jeferson Vieira e seus aliados deixaram de comparecer a eventos públicos da gestão, mostrando assim que o rompimento já estava acontecendo. “Nossa forma de mostrar insatisfação foi não participar dos eventos, para ver se a gente conseguiria ao menos trazer de volta essas pessoas”, disse.

O prefeito Luquinha teria justificado as demissões alegando que o grupo de Jeferson estaria fechado com um deputado federal que não é apoiado pelo grupo do governo muncipal. Mas o vice-prefeito nega essa versão e afirma que ela não passa de um ‘boato’ espalhado por Luquinha.

Jeferson Vieira e Luquinha do Brasil (Fotos: Diário do Sertão)

O fim da aliança

Ainda de acordo com os relatos de Jeferson, o rompimento definitivo ocorreu em maio desse ano quando Luquinha do Brasil, durante viagem a Brasília, anunciou as demissões dos outros 7 aliados do vice-prefeito que ainda estavam na gestão. “O que ficou claro é que o motivo era não estar alinhado politicamente com o deputado federal dele”, frisou Jeferson.

“Quando vira o ano, o argumento que ele achou foi esse. Algo que não estava combinado, que não era verdade, porque a gente não tinha fechado com deputado federal nenhum e nem tinha motivos para não fechar, mas não tinha fechado até o momento. Ele usou isso para colocar a gente para fora. A gente entende que foi de caso pensado e uma questão de ego”, acrescentou.

Tentativa de arrematar a casa de Zé Vieira

Jeferson Vieira prossegue os relatos afirmando que Luquinha do Brasil teria utilizado um primo que mora em São Paulo para arrematar o imóvel do ex-prefeito Zé Vieira (pai de Jeferson) em um leilão na Justiça que ocorreu dia 10 de março.

“A pessoa que esteve à frente é família dele, tem um contrato com a Prefeitura gigantesco, está lá desde 2021 e atende todos os pedidos que o gestor faz. Não tenho dúvidas de que o gestor fazendo o pedido a essa pessoa para respeitar a história do ex-prefeito Zé Vieira, para respeitar o casal de idosos que mora na casa, isso teria acontecido. Foi intencional. Uma sede de vingança”.

“Caso pensado” e “ego”

Jeferson entende que Luquinha do Brasil se aproveitou dos votos do grupo do vice-prefeito para se eleger em 2024, mas já estaria “de caso pensado” para romper logo em seguida. “Ele só suportou a gente até acabar o ano de eleição. Por que ele se deu a esse desgaste de conviver com a gente até acabar a eleição? Porque ele precisava dos votos do nosso grupo, que decidiram a eleição de 2024”, afirmou.

ENTREVISTA COMPLETA COM JEFERSON VIEIRA

DIÁRIO DO SERTÃO

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