Dilma diz que aliança com PMDB garantirá continuidade

Comemorando a formalização da aliança do PMDB com seu partido para a eleição presidencial de outubro, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, fez no sábado ataques à oposição e pregou a continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma compareceu ao encerramento da convenção nacional do PMDB, na qual o partido oficializou a coligação com o PT e formalizou a indicação do presidente da legenda e da Câmara, o deputado Michel Temer (SP), para a vaga de vice de sua chapa.

"Vamos prosseguir realizando todas as conquistas do governo do presidente Lula", discursou Dilma a uma plateia de líderes e militantes do PMDB. "Vamos continuar mostrando a nossa competência."

Segundo ela, a aliança garantirá as bases necessárias para a construção de um país mais justo, com oportunidades e educação de qualidade para todos, além de assegurar avanços na área de inovação tecnológica, construção de casas e na erradicação da pobreza.

A ex-ministra da Casa Civil também elogiou o seu companheiro de chapa, destacando que ele é um conciliador político por saber ouvir, respeitar as diferentes opiniões e acolher a divergência. "O Michel Temer sintetiza a força democrática do partido que ele ajudou a construir."

Lembrou também a importância do partido aliado no processo de redemocratização do país, e citou a participação nessa luta do ex-deputado Ulysses Guimarães e do presidente do Senado, José Sarney (AP).

"Foi a democracia que nos trouxe até aqui. É a democracia que nos faz avançar na construção de um país melhor e mais justo. Nós vamos defendê-la com todo o coração do que fez o país andar para trás", disparou a candidata, referindo-se indiretamente ao seu principal adversário, José Serra (PSDB).

Ela fez ainda críticas veladas às acusações de que integrantes da sua campanha fizeram dossiês sobre adversários. "Vamos defender a democracia também dos seus inimigos, dos seus maiores inimigos: a mentira, a manipulação e a falsidade."

Antes de ir ao evento do PMDB, Dilma participou em São Paulo da convenção nacional do PDT, que também integra a coalizão nacional que sustenta sua campanha presidencial.

Para os militantes do partido que se considera herdeiro de Getúlio Vargas, e no qual estava filiada antes de passar para o PT, Dilma afirmou que alguns tentaram descartar na década de 1990 as conquistas deixadas pelo ex-presidente. "Não se vira a página da história de quem nos deixou como herança a Petrobras, o BNDES, o salário mínimo e os direitos dos trabalhadores."

Texto: Portal Terra
Vídeo: G1

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