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Campanha de José Serra muda de slogan para segundo turno

Haverá ainda novo cenário para o programa eleitoral.

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04/10/2010 às 09h16

O comando da campanha do PSDB à Presidência vai mudar o formato do programa para o segundo turno. Até o slogan "O Brasil Pode Mais" será substituído nessa nova etapa.

A campanha tucana ganhará um tom mais "positivo", reforçando motes na linha "Serra É do Bem", em confronto com a ideia de que o PT oferece ameaça à democracia brasileira.

Haverá ainda novo cenário para o programa eleitoral. As mudanças estão sendo conduzidas pelo marqueteiro Luiz Gonzalez, que ganhará mais poder nesta segunda fase da corrida eleitoral.

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, convocou para a manhã de hoje uma reunião com integrantes da cúpula da campanha para discutir novas estratégias. Tanto ele quanto Serra defendem participação efetiva de políticos já eleitos na campanha, como Aécio Neves, o senador mais votado em Minas Gerais.
"Temos que nos unir para resistir ao cerco petista", afirma Guerra, que passará a morar em São Paulo. Articulador de Serra, o deputado Jutahy Magalhães (BA) também deve fixar residência na capital paulista.

Serra tem recomendado pressa aos integrantes da campanha. "Não vamos parar nem 24 horas", afirmou Indio da Costa. O vice na chapa tucana será, aliás, um dos interlocutores com o PV, cujo apoio é objeto de desejo de Serra. O candidato tucano vai procurar o verde Fábio Feldman, candidato derrotado ao governo de São Paulo.

Elogio a Marina
O flerte com o PV teve início logo no primeiro pronunciamento de José Serra após o primeiro turno. "Eu queria me congratular com Marina Silva pela votação expressiva. Ela contribuiu com o jogo democrático do Brasil", afirmou o candidato tucano.

Serra também elogiou a candidatura de Marina pela capacidade demonstrada por ela de atrair participação dos jovens na vida política.

O tucano também fez um gesto em direção ao ex-governador de Minas e senador eleito, Aécio Neves (PSDB).

Numa festa organizada por tucanos, Serra encerrou seu discurso pedindo um minuto de silêncio pela morte ocorrida ontem do pai do ex-governador, Aécio Ferreira da Cunha.

Cofre
Sem citar o nome de Dilma Roussef, Serra insinuou que ela esconde opiniões e dados de sua biografia. "Caminho agora acompanhado das minhas crenças que todos conhecem. Não tenho nada guardado em cofre, nada secreto. Na verdade, tenho uma cara só, o que na vida pública é muito importante para que a população possa se fazer autenticamente representada", disse.

"Ofereço a minha biografia, meu jeito de ser e minha vida limpa", completou o candidato tucano.

Serra disse que vai trabalhar pela integridade das instituições e prometeu um país mais justo e mais generoso. Afirmou ainda que irá para a disputa do segundo turno com a "cabeça erguida e com o coração aberto".

FOLHA

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