VÍDEO: Historiador relembra assassinato de prefeito em 1963 e destaca momentos marcantes dos 87 anos de Bonito
Em entrevista à TV Diário do Sertão, o ex-vereador e historiador Zé Carlos relembrou fatos marcantes da trajetória política da cidade, destacando sobretudo um dos episódios mais impactantes de sua história
Nesta sexta-feira (14), o programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, teve uma edição especial produzida e transmitida direto da Câmara Municipal de Bonito de Santa Fé como parte das celebrações de 87 anos de emancipação política do município.
Durante a programação, o ex-vereador e historiador Zé Carlos concedeu entrevista relembrando fatos marcantes da trajetória política da cidade, destacando sobretudo um dos episódios mais impactantes de sua história: o assassinato do prefeito eleito Antônio Dias de Lima, ocorrido em 1963.
Zé Carlos explicou que o episódio deixou marcas profundas na memória coletiva da população e provocou uma reconfiguração completa na política local. “Isso marcou muito a história política e refez todos os pensamentos da sociedade”, afirmou o historiador.
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O crime, que até hoje não foi conclusivamente esclarecido, gerou dúvidas sobre sua motivação — se teria sido político-eleitoral ou passional. Segundo o historiador, apesar da falta de uma conclusão oficial, o fato passou a ser assumido pela população como um crime de natureza política.
“Ele foi morto pela história que se contou, que não se chegou à conclusão, de uma estratégia político-eleitoral que não resultou naquilo que a sociedade poderia esperar”, destacou.
Eleições tumultuadas e desdobramentos inéditos
Na época, prefeito e vice eram eleitos por voto direto. Antônio Dias de Lima venceu a disputa sem apresentar candidato a vice, o que levou Francisco Furtado de Lacerda (Chico Maranhão) a figurar como vice único na chapa geral, sendo automaticamente vinculado ao vencedor.
No entanto, apenas 11 dias após a eleição e antes mesmo da diplomação, Antônio Dias foi assassinado. Chico Maranhão, apesar de ser o vice, não assumiu o cargo, o que provocou uma nova eleição municipal.
O historiador enfatiza que o período é um dos mais marcantes da história política do município: “É um período de tempo que marca muito a história política de Bonito. Não tem saída, é o mais altivo nesse contexto.”
A comoção gerada pelo crime acabou levando o próprio grupo político da vítima a uma aproximação com o grupo adversário. Dessa união inesperada surgiu, em 1968, a eleição de Dr. José Arruda Amorim, num pleito que ficou conhecido como a “eleição da pacificação”.
Pontos de culminância na política local
Zé Carlos destacou ainda dois momentos de grande relevância na história administrativa da cidade. O primeiro, em 1972, com a eleição de Sabino Dias, que se tornaria um dos nomes mais influentes do município, exercendo quatro mandatos como prefeito. Em outra ocasião, Sabino também atuou como secretário durante a gestão de sua mãe, quando exerceu forte influência administrativa por cinco anos.
“Teve uma grande atividade política, uma muito boa ação político-administrativa”, avaliou o historiador.
Gestão atual representa novo tempo
Encerrando sua análise histórica, Zé Carlos destacou a atual gestão do prefeito Ceninha Lucena (Republicanos), que, segundo ele, representa um novo ciclo na trajetória de Bonito de Santa Fé.
“Nós temos hoje, compensando toda a história do tempo de Bonito, a gestão do prefeito Ceninha Lucena, que indiscutivelmente deu uma nova cara a Bonito, deu um novo tempo, uma nova razão. Tomou atitudes que modificaram política e administrativamente a história do nosso povo”, concluiu.
DIÁRIO DO SERTÃO
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