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VÍDEO: Ricardo Coutinho vê incoerência no voto de Luiz Fux: “Coloca em risco a própria democracia”

Ex-governador da Paraíba afirma que o mesmo ministro votou para condenar 600 pessoas envolvidas nos ataques de 8 de janeiro de 2023

Por Luis Fernando Mifô

11/09/2025 às 17h02 • atualizado em 11/09/2025 às 17h16

O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, participou do programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, nesta quinta-feira (11), e comentou sobre o julgamento dos réus que compõem o núcleo crucial da trama golpista pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Coutinho, o voto do ministro Luiz Fux para inocentar Bolsonaro e mais cinco réus é controverso e incoerente com outras decisões tomadas pelo próprio ministro para condenar 600 pessoas envolvidas nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Ricardo afirma que os ataques às sedes dos três Poderes e a trama golpista liderada por Bolsonaro estão interligados. “Essa coisa é indiscutível, não adianta negar isso porque as provas são muitas, com mensagens, com reuniões, com gravações”, ressalta.

O ministro Luiz Fux votou pela tese de que o STF não teria competência para julgar os oito réus e que eles não possuem prerrogativa de foro privilegiado, ou seja, não têm direito a julgamento em uma instância superior. Também acrescentou que, mesmo se o STF tivesse de julgar a ação, não deveria ser na Primeira Turma, mas, sim, no plenário da Corte.

Contudo, Luiz Fux votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e do general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas absolveu Bolsonaro e mais cinco aliados na ação penal.

Ex-governador Ricardo Coutinho (Foto: F. Diassis)

“Quando você condena 600 pessoas e deixa de condenar os mandantes, eu acho que você coloca em risco a própria democracia. Mas eu crerio que num julgamento de cinco, a perspectiva é que você tenha quatro a um. [O voto de Fux] é algo que fica dentro daquela bolha do bolsonarismo, mas não altera”, ressaltou Ricardo Coutinho.

O ex-governador defende a aplicação das punições devidas aos oito réus para que o Brasil possa “se reencontrar com a democracia e virar essa página”.

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