Deputado faz discurso emocionante em favor de melhorias no tratamento do câncer na PB

O deputado José Aldemir (PEN), fez um discurso emocionante esta semana, na Assembleia Legislativa em defesa do "Projeto Semente de Mostarda", que visa implementar melhorias quanto ao tratamento de pessoas com câncer no Estado da Paraíba.

Veja discurso:
Na minha trajetória de politico e, sobretudo, de parlamentar, dediquei considerável interesse ao longo desse tempo, às ações volvidas ao campo da saúde, instado pela experiência de médico, mas, sobretudo, com o intuito de aplacar as angustias e dores suportadas pela população com a falta de assistência pronta e especializada ao tratamento de um sem número de enfermidades.

Tamanha experiência deu-me a dimensão da superlativa incidência, logo em nosso meio de uma das mais graves patologias susceptíveis ao ser humano, nas suas mais diversas manifestações – o assombroso e fatídico câncer, que tem, a despeito de todas as providencias adversas, ceifado, ano a ano, a vida de milhares de paraibanos e porque não dizer, do país e do mundo inteiro.

Não obstante é de ressaltar o papel histórico e quase milagroso do Hospital Napoleão Laureano, cuja presença septuagenária em nossa capital, mediante a abnegação e o reconhecido desvelo de sua benemérita equipe médica e de seus históricos dirigentes, trouxe o alento necessário de esperança, vezes de vida e até de cura aos marcados pela insídia da moléstia horrorizante a que muitos sequer o nome pronunciam.

É imperativo dizer que além do insigne médico e humanista que lhe deu nome, o Hospital Napoleão Laureano, se tornou pelas mãos de benfeitores como o Dr. Antônio Carneiro Arnaud – Ex-Prefeito da capital e Ex-Deputado Federal, responsável pelo fortalecimento da instituição; Dr. Batista Ramos – Ex-Vereador da capital de saudosa memória, cuja invejável dedicação fez diferença e do Dr. Joao Batista Simões, gestor empreendedor com visão futurista, tendo executado importantes benfeitorias na estrutura física das instalações, adquirindo equipamentos de ponta de extrema valia e uma marca singular como tem sido a filosofia de relacionamento com o corpo de médicos, auxiliares e de todos os funcionários com excelente grau de satisfação, ainda na sua direção, naquela casa, que por infelicidade se procura e por felicidade se encontra, conforme os dizeres do memorável tribuno Alcides Carneiro, e assim no grande protetor e assistente do povo paraibano.

Entrementes, apesar de tão evidente atuação benfazeja, é, absolutamente, reconhecível que o Hospital Napoleão Laureano, com toda sua portentosa estrutura, não logra atender – e já há certo tempo – toda a visível e avassaladora demanda na Paraíba dos que inditosamente, malfadados, buscam a assistência e tratamento do referencial nosocômio.

Acontece, Senhor Presidente, ilustres pares,  Senhores e Senhoras aqui presentes, que, a par de toda essa admirável instituição, está em curso, surpreendentemente, em nossa capital, um inédito projeto com o sugestivo nome bíblico SEMENTE DE MOSTARDA, idealizado pelo Dr. Klécius Leite Fernandes, coordenador da equipe de oncologia do Hospital São Vicente de Paulo, o renomado Instituto Walfredo Guedes Pereira, com a interveniência conveniada do SUS, o qual propõe a exemplo da antiga instituição pioneira, a oferecer a coparticipação no combate ao mal que se alastra e apavora toda a criatura humana.

Em nenhum momento, portanto, sabendo dos propósitos e do extraordinário alcance de seus objetivos últimos, vacilei no entusiasta incentivo de transformar a ideia numa realidade compatível com nossas exigências humanas e sociais, tão presentes quanto inadiáveis.

Com tão nobre determinação foi instituído um plano urgente de ação, movido por um único e ilibado interesse, o de alargar o sonho da cura concedendo mais uma oportunidade, além do já existente no Hospital Napoleão Laureano, aos necessitados da terapia recomendada. Dessa feita, a seu turno, foram promovidas reuniões com representantes do Banco do Brasil, um ente incorporado às parcerias indispensáveis à concretude do projeto providencial onde restaram traçadas metas e objetivos conjuntos para sua realização definitiva.

Nesta oportunidade, senhores aqui presentes, desta tribuna quero conclamar o poder Legislativo Estadual a se aliar com todas as suas forças institucionais à campanha para fortalecer o oportuno e arrojado projeto SEMENTE DE MOSTARDA, cuja simbologia, nas escrituras, se reporta à propagação de um ideal que embora, nascido tênue prolifera gerando as ramificações de uma grandiosa arvore frutífera e sombreadora.

Neste compasso cabe dizer que o Hospital São Vicente de Paulo, mantido pelo Instituto Walfredo Guedes Pereira, um nome dado em homenagem do seu distinguido notável fundador, um dos maiores prefeitos de nossa capital de todos os tempos, trata-se de instituição secular fundada em 1912, como Instituto de Proteção e Assistência à Infância da Paraíba. Ao seu tempo de criação, além do ilustre paraibano que liderou a ideia fundadora, foram companheiros de iniciativa os doutores Flávio Maroja, Manoel Tavares Cavalcante e José Ferreira de Morais.

Tendo-se iniciado com um atendimento ambulatorial, posteriormente adicionou a assistência em maternidade com o nome de Casa de Saúde e Maternidade São Vicente de Paulo. Depois de sediado em vários endereços, finalmente ficou estabelecido na Avenida João Machado. Comandado desde 1997 pelo Dr. Geraldo Guedes Pereira, mas é no ano de 2000 que o Conselho Diretor decide homenagear com justiça e merecimento o Dr. Walfredo Guedes Pereira, conferindo ao Instituto o seu nome. A filosofia de atendimento que inspirou seus fundadores é mantida ainda hoje pelos atuais dirigentes, ou seja, a assistência aos mais necessitados, a aqueles que nada têm para custear os seus tratamentos.

É de suma importância ressaltar toda a dedicação do Dr. Geraldo Guedes Pereira, destes ideais, pelo seu trabalho probo, inquestionável e, notadamente apaixonado.

O meu propósito curial, central e fundamental neste momento é literalmente potencializar as condições atuais do Hospital, batalhar pela injeção de recursos financeiros fazendo com que os serviços de atendimento no diagnóstico e tratamento ao câncer ganhem musculatura com a melhoria das instalações, aquisição de novos equipamentos e reciclagem do pessoal, podendo assim, fazer jus à filosofia do idealizador, Dr. Klécius, abro aspas “ONCOLOGIA DE QUALIDADE COM HUMANIDADE”, fecho aspas, da mesma forma fazer realidade a inspiração da parábola bíblica da semente de mostarda que veio a emprestar o nome ao Projeto, a partir das condições atuais para um serviço referendado na medicina da Paraíba.

A minha preocupação é exatamente esta, a obtenção de recursos para tão relevante empreendimento, razão pela qual ao fechar parceria com o Banco do Brasil buscamos a experiência e a competente operacionalização do mecanismo de arrecadação através do sistema de doações débito em conta corrente. Destacamos a excelente receptividade e disponibilidade dos seus representantes interlocutores em colaborar, na pessoa do Dr. Evaldo Emiliano de Souza, Superintendente Estadual, pelo que declaro o agradecimento à equipe de auxiliares que compõem o comitê de trabalho, coordenado pelo competente Gerente de Desenvolvimento Sustentável, Dr. Daniel Augusto Barbosa de Oliveira.

Meus senhores e minhas senhoras, esta Sessão Especial não há de servir para o vento levar as nossas palavras, queremos a audição dos que aqui se encontram, os que nos assistem através da TV Assembléia e daqueles que mediante a imprensa, que nos honra e prestigia com a presença, haverão via radio, televisão, jornais, portais, blogs e redes sociais  levar ao conhecimento da sociedade da magnitude e nobreza do projeto. Tenho certeza de que serão todos tocados, sensibilizados e motivados a fazer parte da lista de colaboradores, seja com o apoio material, seja na prestação de serviços como voluntários.

O aprofundamento do Projeto com atuação na prevenção, metas de atendimento, especialidades atendidas e maiores detalhamentos serão desenvolvidos pelo representante da equipe de oncologia, cabendo-lhes, esta parte, e que aqui virá para se pronunciar, mas não posso concluir sem antes deixar minha mensagem como médico, paciente e cidadão afirmando que a demanda a este serviço não exibe cor, religião, nível social, sexo e idade, eis que o destino não escolhe quem vai infelicitar com a deplorável moléstia. Estamos todos na faixa de risco e sujeitos ao infortúnio do acaso a que podemos enfrentar com as armas e forças, como esta, que DEUS nos concede, pela sua imensa sabedoria.

Da secom

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