VÍDEO: De volta à ALPB, André Gadelha quer unir três senadores na oposição e acredita em cassação de Tyrone
Após dez anos sem mandato no Poder Legislativo, ex-prefeito de Sousa assumirá novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa da Paraíba durante quatro meses e afirma que já tem diversos planos
Após dez anos sem mandato no Poder Legislativo, o ex-prefeito do município de Sousa, André Gadelha (MDB), assumirá novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta terça-feira (13). Beneficiado por uma estratégia do partido, o primeiro suplente ficará pelo período de quatro meses na vaga do deputado estadual Anderson Monteiro, que pediu licença para resolver questões particulares.
Em entrevista exclusiva à TV Diário do Sertão, André Gadelha disse que pretende “viver intensamente” essa experiência para colocar em prática o que planejou na campanha e os compromissos que assumiu com a população sousense. Ele já tem audiência marcada no DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e antecipou que vai planejar workshops para “apresentar Sousa como uma cidade de agricultura e pecuária fortes” e firmar parceria público-privada para a construção de um parque de exposição de animais.
“Quero concentrar a minha força e a minha experiência de levar essas discussões propositivas para nosso Estado e, principalmente, para nossa região. Lutar para que Sousa volte a se desenvolver com suas próprias pernas, como foi na década de 80, onde nós éramos o terceiro ICMS do Estado”.
União de três senadores na oposição
André Gadelha é um dos principais articuladores políticos do grupo de oposição na cidade de Sousa para tentar derrotar o candidato do atual prefeito Fábio Tyrone (PSB) em 2024. Para alcançar esse objetivo ele tem um desafio complicado: unir em torno da oposição sousense os três senadores paraibanos, Efraim Filho (UB), Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Daniella Ribeiro (PP). No caso de Efraim e Veneziano, em tese, não há muita dificuldade, afinal de contas os dois já são aliados entre si e são oposição ao governador João Azevêdo (PSB), que apoia o prefeito Tyrone. No entanto, Daniella Ribeiro atualmente faz parte da base do governador. Além disso, André também quer aliança com políticos locais que ainda estão com o governador, como é o caso do ex-prefeito João Estrela e do médico Gilberto Sarmento.
“Nós vamos estar no mesmo palanque porque nós apresentaremos um projeto para Sousa. Vamos formar um grupo forte, apresentar um projeto de políticas públicas viável, um projeto que vai abrir as portas da prefeitura e deixar o povo entrar novamente. Se é para estar ao lado de Gilberto, que faz parte do governo João Azevêdo e o ajudou a eleger junto com João Estrela, nós vamos estar juntos, porque nós temos algo maior do que uma discussão entre quais grupos vão ficar com o governador, que é a cidade de Sousa. Se Cajazeiras tem quatro grupos separados e consegue viver, Sousa, se isso acontecer, só terá dois lados, então é mais fácil de administrar”.
‘Processo das cores’ na reta final
André Gadelha também vive a expectativa de ver o prefeito Fábio Tyrone ser cassado e ter os direitos políticos suspensos pela Justiça Eleitoral no âmbito do “processo das cores”, de 2008, onde Tyrone foi acusado de autorizar a pintura de alguns prédios públicos com as cores da sua campanha, que à época eram verde e laranja.
“Isso [cassação] ainda é pouco para o que vem pela frente, do que ele fez e que vai pagar na Justiça tudo que fez por Sousa, contra Sousa; e esse é o primeiro de muitos que ainda vão chegar. Espero que seja cumprido o processo, não demore tanto como demorou quinze anos para que isso acontecesse”, declarou o deputado.
DIÁRIO DO SERTÃO
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