Em entrevista à TV Senado, Raimundo Lira explica decisão sobre cronograma do processo de impeachment
“Na quinta-feira eu telefonei para a senadora Simone Tebet e disse a ela que iria reconsiderar e trazer de volta o rito de 1992".
Em entrevista à TV Senado, o Senador Raimundo Lira (PMDB-PB) explicou por que reconsiderou o cronograma da Comissão do Impeachment e decidiu seguir os prazos do rito da última comissão do gênero, de 1992. “Isso está dentro da linha de um dos princípios estabelecidos quando iniciei os trabalhos: dar à defesa o máximo direito possível”, disse o parlamentar paraibano.
Lira afirmou que comunicou sua decisão à Senadora Simone Tebet (PMDB-MS), autora de uma questão de ordem que havia diminuído o prazo para o julgamento do processo na comissão. Ele disse que reconsiderou, após a reunião na Comissão, por achar importante a preservação dos trabalhos em clima de paz, tranquilidade e eficiência.
“Na quinta-feira eu telefonei para a senadora Simone Tebet e disse a ela que iria reconsiderar e trazer de volta o rito de 1992. Porque esse é o papel do presidente. É fazer com que a Comissão funcione com eficiência e com o máximo de tranquilidade” explicou Raimundo Lira.
Na última segunda-feira o presidente anunciou que o prazo para as alegações finais da defesa e da acusação será de 15 dias, cada, e não mais cinco, conforme aprovado anteriormente. O calendário original do relator Antônio Anastásia (PSDB MG) foi aprovado em clima de paz.
Calendário – Com isso, até 17 de junho estão previstos depoimentos de testemunhas e a juntada de documentos. No dia 20 de junho o interrogatório de Dilma Rousseff (mas ela não é obrigada a comparecer). De 21 de junho a cinco de julho o período para apresentação das alegações escritas dos denunciantes; e de 6 a 21 de julho, as da denunciada.
O relatório seria lido na comissão em 25 de julho e votado em 27 do mês que vem. O parecer desta fase do processo (de pronúncia) seria votado no Plenário do Senado nos dias 1º e 2 de agosto. Esse calendário pode, no entanto, sofrer alterações, a depender de quantas testemunhas de defesa serão ouvidas.
– Não podemos aceitar qualquer tipo de pressão, porque isso desvirtuaria o trabalho e o bom funcionamento da nossa comissão. E não estamos aqui desejando o açodamento neste julgamento. Muito pelo contrário; tenho buscado exercer com equilíbrio e justiça o papel que me foi conferido pelos demais membros da comissão — explicou Lira.
Assessoria de Imprensa
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário