header top bar

section content

Prefeito de Monte Horebe, Erivan Dias Guarita paga promessa a Padre Cícero

O prefeito de Monte Horebe, Erivan Guarita, está solto desde o começo da noite desta quarta-feira por decisão do Tribunal de Justiça. Abatido, Guarita deixou o 6° Batalhão e foi pagar uma promessa.

Por

20/02/2008 às 20h10 • atualizado em 19/07/2018 às 15h48

O prefeito de Monte Horebe, Erivan Guarita (DEM), já está solto. Ele ganhou liberdade no começo da noite desta quarta-feira, 20, e deixou o 6° Batalhão de Polícia Militar de Cajazeiras, onde estava preso por determinação da juíza Renata Pires, da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) da Paraíba.

No final da tarde desta quarta, o TJ cassou por 9 votos a 7 o decreto de prisão preventiva do prefeito e determinou a imediata expedição do alvará de soltura. A decisão foi tomada depois de mais de duas horas de discussão.

Por volta das 18h30, o major Dedeu, sub-comandante do 6° Batalhão de Cajazeiras, deu cumprimento a determinação do Tribunal. No momento, amigos, parentes e correligionários presenciaram a libertação de Guarita, como mostram as fotos exclusivas do Portal DIÁRIO DO SERTÃO.

Abatido, prefeito agradece ao povo
Logo após, o gestor concedeu uma rápida entrevista aos repórteres Wilson Furtado (Difusora AM) e Petson Santos (Oeste AM). “Eu só tenho a agradecer a população de Monte Horebe, ao comandante do Batalhão. Dizer da gratidão e o respeito que eu tenho por todos”, disse o prefeito.

Guarita deu demonstrações de profundo abatimento e cansaço. Ao se dirigir aos amigos, Erivan ficou com a voz embargada. O pouco que falou, o fez em voz baixa.

Segundo assessores, o prefeito estava sendo esperado em Monte Horebe com uma grande festa popular no meio da rua e deve conceder entrevista coletiva na sede da Associção dos Municípios do Vale do Piranhas, em Cajazeiras, entidade que preside.

Promessa a Padre Cícero
Em seguida, o prefeito se deslocou até a residência da senhora Dezinha Pereira, na rua Dom Mousinho, bairro da Esperança, zona sul de Cajazeiras.

Ao saber do “drama” do prefeito pelas emissoras de rádio, quando foi preso, a mulher fez uma promessa ao padre Cícero Romão Batista e ao Menino Jesus de Praga, pedindo a libertação de Guarita.

“Eu fiz a promessa quando eu soube que ele estava debaixo de ordem. A única coisa que eu pude fazer foi pedir a Deus para libertar ele. Eu acho que a verdade está em primeiro lugar. A justiça de Deus é perfeita. Mas nem Jesus se livrou da falsidade”, justificou a autora da promessa.

O pagamento pelo pedido atendido foi a presença do prefeito na residência da mulher que fez a promessa. Guarita também recebeu de Dezinha Pereira uma réplica do Menino Jesus de Praga. Erivan guardou a estátua dentro do seu carro e partiu para Monte Horebe.

A denúncia
Erivan Dias Guarita responde na Justiça a uma notícia-crime impetrada pela Oposição do município que o acusa de improbidade administrativa, falsificação de documentos, seqüestro a um agricultor da cidade e ainda ameaças de morte.

Os autores da denúncia são os vereadores Marcos Eron (PMDB) e Agamenon Júnior (PSDB). Eles acusam Erivan Guarita de ter falsificado empenhos da prefeitura em nome de um agricultor que jamais recebeu prestou serviços ao município e nem muito menos recebeu a quantia empenhada.

O agricultor em questão é João Paulo França que ao descobrir a suposta fraude procurou assessores do prefeito para esclarecer a questão. A história caiu nos ouvidos da Oposição.

Erivan, segundo a denúncia, teria enviado assessores ao sítio onde o agricultor mora. Lá, o homem teria sido obrigado a assinar documentos e ameaçado de morte caso rebelasse o fato.

Prisão
O Tribunal de Justiça do Estado negou na última segunda-feira (18) uma liminar dos advogados de Guarita, pedindo que o prefeito de Monte Horebe respondesse em liberdade as acusações a ele imputadas.

Erivan Guarita foi preso sexta-feira (15) da semana passada no município de Bonito de Santa Fé, no Sertão do Estado. O motorista dele, Francisco Pessoa de Moura, também foi preso por porte ilegal de arma. Os dois ficaram reclusos no 6º Batalhão de Polícia Militar, em Cajazeiras.

HERON CID E PETSON SANTOS

Tags:
Recomendado pelo Google: