Jeová critica omissão do Governo

“Será que só vamos fechar a porta depois que formos roubados?”, foi a pergunta do deputado estadual Jeová Campos, do PT, ao se referir à lentidão das autoridades em combater a epidemia de dengue que assola o Estado, e principalmente o Sertão.

O deputado, que foi vítima do primeiro caso registrado de dengue hemorrágica em Cajazeiras, afirmou, em tom profético, ao programa de rádio Boca Quente, da Rádio Difosora AM de Cajazeiras, que várias pessoas irão morrer vítimas de dengue hemorrágica na cidade.

Para ilustrar essa opinião, ele citou o alto índice de casos fatais em todo o país. Jeová relatou que mais de 10% dos casos de dengue hemorrágica registrados terminam em morte.

“Será que é razoável permitir que nossos governantes se mantenham com essa postura inerte? Depois que as pessoas morrerem, vamos fazer o velório com muita gente, muitas lágrima e lamentos, e continuar assim?”, protestou o petista.

Jeová comentou a péssima situação do hemocentro e do Hospital Regional de Cajazeiras, que, segundo ele, não tem condições de oferecer atendimento de qualidade que possa salvar a vida de pacientes com dengue hemorrágica e, por isso, precisa fazer transferências com urgência para a capital João Pessoa.

Para o deputado, o problema está na falta de apoio à região do Alto-sertão por parte do governo Cássio Cunha Lima. “Quando a gente é removido, a sensação é de que a gente está indo já para morrer. A centrífuga que está faltando no hemocentro está custando em torno de trezentos mil reais. Isso não é dinheiro perto do milhões que são emitidos para a saúde no Estado da Paraíba”, afirmou.

O deputado Jeová Campos esteve internado no Hospital Universitário da capital durante mais de uma semana, até receber alta no último dia 13.

Da redação do Diário do Sertão

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