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PF apura desvio de recursos e fraudes em licitações nas eleições do Ceará; cidade do Baixio é um dos alvos

O núcleo investigado é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios

Por Luis Fernando Mifô

08/07/2025 às 11h22 • atualizado em 08/07/2025 às 18h28

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (08) a Operação Underhand, com o objetivo de apurar uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em processos licitatórios e contratuais com impacto direto nas eleições de 2024.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nas cidades de Fortaleza/CE, Brasília/DF, Nova Russas/CE, Eusébio/CE, Canindé/CE e Baixio/CE. A investigação contou com apoio técnico da Controladoria-Geral da União (CGU).

O núcleo investigado é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar licitações por meio de empresas vinculadas ao grupo.

Foi determinado o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas, com o objetivo de interromper a movimentação de valores de origem ilícita e preservar ativos para eventual reparação ao erário.

As condutas investigadas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral.

A PF realizou buscas em endereços ligados ao deputado federal Júnior Mano (PSB-CE). Em nota, ele afirmou que não tem participação no esquema criminoso.

“O parlamentar reafirma sua confiança nas instituições, em especial no Poder Judiciário e na Polícia Judiciária Federal, e reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”, diz a nota. Por fim, o deputado afirma ter “plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá”.

Os mandados foram autorizados pelo ministro Gilmar Mendes, que autorizou o acesso aos dados de celulares apreendidos e o bloqueio de ativos financeiros. Mendes autorizou ainda a “abertura de uma investigação específica para apurar, de forma aprofundada, a possível participação de autoridades com foro privilegiado na destinação e execução ilícitas de emendas parlamentares”, informou o gabinete do ministro, em nota.

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