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VÍDEO: Homem que expôs gavião morto em redes sociais pode responder por crime federal, diz professor

O fato se deu no município de Marizópolis, na região de Sousa. Um vídeo tem repercutido nas redes sociais, onde um homem diz ter matado um gavião e exibe o animal. A ativista Nilza Fernandes também falou sobre o caso

Por Luiz Adriano

27/08/2024 às 20h10 • atualizado em 27/08/2024 às 20h17

A presidente da ONG ‘Abrigo Animais sem Rumo’ da cidade de Sousa, Nilza Fernandes, participou do programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão e falou sobre o caso em que um homem da cidade de Marizópolis, expôs um gavião morto em vídeo nas redes sociais, onde ele se junta a outras pessoas e se entretém com o cadáver da ave.

O vídeo tem repercutido bastante e chegou até Nilza Fernandes. Ela se mostrou indignada com a situação e disse que estudou um pouco sobre o animal. Conforme a ativista, o gavião está presente em cinco estados do Nordeste e corre risco de extinção.

Ela afirma que no vídeo, a própria pessoa diz que matou o animal. “Isso é uma coisa que não há necessidade de ser feita. É bem complicada a situação. Nós vamos levar às autoridade. A gente luta e vamos ver o que a justiça tem para nos oferecer”, disse Nilza Fernandes.

Quem também falou sobre o caso foi o professor Francisco Garcia Figueiredo, do Núcleo de Justiça Animal da UFPB (NEJA). Assim como Nilza, ele também se mostrou bastante insatisfeito com a cena e enfatizou que o crime é de âmbito federal, visto que se trata de um animal ameaçado de extinção.

“Não é nem crime comum, é crime federal, então certamente nós comunicaremos à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para que entrem no caso, de uma vez que como essa cena tem veiculado da forma como está, ela vem incentivando novos crimes a ocorrerem. Então, essa conduta dessa pessoa que assassinou o animal, além de ter matado cruelmente o animal, ainda instiga outras pessoas assim se comportarem”, disse o docente.

O profissional lembrou também que as pessoas que aparecem no vídeo, poderão responder judicialmente, assim como o assassino do gavião.

“A polícia vai investigar, apurar de fato o que aconteceu e o que essas imagens representam juridicamente, mas em tese, todas as pessoas que estão ai se divertindo, se entretendo, elas responderão também criminalmente na medida do que contribuíram para a morte do animal”, pontuou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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