VÍDEO: Júri que condenou homem que matou frentista de Bonito é marcado por comoção de familiares, diz advogado
Segundo o jurista, os três filhos da falecida, com 10, 11 e 12 anos, respectivamente, ainda mandam mensagens para a mãe e pedem que os lençóis dela não sejam lavados para permanecer com o cheiro de sua genitora
O advogado Brenno Moreira que participou da assistência de acusação no julgamento que condenou Francisco Irismar Dunga Sousa, acusado de matar sua sua ex-companheira, a frentista Raissa Raiara Batista Ferreira, em 2 de março deste ano, participou do programa Olho Vivo da TV e Rede Diário do Sertão, e falou que o momento foi de muita emoção com os relatos ouvidos.
Segundo o jurista, os três filhos da falecida, com 10, 11 e 12 anos, respectivamente, ainda mandam mensagens para a mãe e pedem que os lençóis dela não sejam lavados para permanecer com o cheiro de sua genitora.
“Surgiu relatos no próprio júri que uma das filhas ainda manda mensagem para o whatsapp da mãe relatando o dia a dia. O pai das crianças relatou que os filhos pedem para que não sejam lavados os lençóis da mãe porque ainda tem o cheiro da mãe, e tudo isso aos nossos olhos é muito difícil”, disse Brenno.
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Ele falou que o julgamento que aconteceu nessa segunda-feira (12) no Fórum de São José de Piranhas, iniciou-se por volta das 8h30 da manhã e se estendeu até o final da tarde.
Conforme o advogado, a peça formal apresentada pelo Ministério Público continha quatro qualificadoras, sendo elas: feminicídio, motivo torpe, meios que impossibilitaram a defesa da vítima e meios cruéis, sendo todas acatadas pelo juiz.
“Sustentamos em plenário, promotor de justiça e nós que fizemos assistência de acusação, postulamos que o conselho de sentença pudesse condenar o réu que ali estava pelo crime em sua totalidade, no que se refere à acusação com as quatro qualificadoras”, pontuou.
Ele também parabenizou a direção do Fòrum pela estrutura preparada para receber a grande quantidade pessoas que estiveram no local, bem como por todo o aparato policial que fez a segurança.
Estiveram presentes familiares do réu, bem como as três crianças, filhas da vítima e também a mãe de Raissa.
“Foi um dia bem pesado, foi um julgamento, apesar de tranquilo, sob o ponto de vista técnico, sem intercorrências graças a Deus, no entanto, muito pesado, muito emocionante – um dia que sem dúvida alguma ficará marcado na vida de todos aqueles que participaram”, destacou o jurista.
A CONDENAÇÃO
Francisco Irismar Dunga Sousa, acusado de matar sua ex-companheira, a frentista Raissa Raiara Batista Ferreira, em 2 de março deste ano, em um posto de combustíveis, na cidade de Bonito de Santa Fé, foi condenado a uma pena de 26 anos e 7 meses de prisão.
A sentença foi proferida no fim da tarde dessa segunda-feira (12) pelo juiz Ricardo Henriques Pereira Amorim, que presidiu o júri, em julgamento realizado no Fórum de São José de Piranhas.
A denúncia relata que a vítima estava em seu local de trabalho quando o acusado chegou em uma motocicleta, sacou a arma e atirou em sua cabeça, depois efetuou outro disparo com ela já no chão, levando a vítima a óbito ainda no local.
RELEMBRE O CASO
Raissa Raiara Batista Pereira foi assassinada no final da tarde de um sábado, 02 de março de 2024, quando trabalhava como frentista em um posto de combustível da cidade de Bonito de Santa Fé, localizado na saída para Conceição.
Um vídeo de câmeras de segurança registrou as imagens do momento do assassinato. É possível ver o assassino chegando em uma moto, se dirige à moça e atira à queima-roupa na cabeça dela e em seguida dispara mais uma vez no corpo já no chão. Após o crime o assassino foge na motocicleta.
O acusado se entregou à polícia 3 dias depois do crime e desde então ficou detido.
Raissa trabalhava como frentista no posto de combustível e também era guarda municipal da prefeitura de São José de Piranhas. Ela deixou três filhos menores de 12 anos.
DIÁRIO DO SERTÃO
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