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Autor de feminicídio contra jovem trans no Sertão da PB é condenado a 28 anos de prisão

A condenação aponta para o crime de homicídio qualificado com quatro qualificadoras: motivo torpe, meios cruéis, impossibilidade de defesa da vítima e acréscimo de 1/6 da pena por a vítima ser transexual, que judicialmente corresponde a feminicídio

Por Luiz Adriano

04/06/2024 às 09h41 • atualizado em 04/06/2024 às 09h45

A jovem era conhecida como Renata Ferraz e tinha apenas 16 anos. (Foto: reprodução/redes sociais)

O acusado pelo assassinato da adolescente transexual Renata Ferraz, morta em abril de 2022 no município de Patos, no Sertão da Paraíba, foi condenado nessa segunda-feira (03) a 28 anos de prisão. O julgamento aconteceu no Tribunal de Júri de Patos.

A condenação aponta para o crime de homicídio qualificado com quatro qualificadoras: motivo torpe, meios cruéis, impossibilidade de defesa da vítima e acréscimo de 1/6 da pena por a vítima ser transexual, que judicialmente corresponde a feminicídio.

O réu irá cumprir pena no estado do Rio Grande do Sul, unidade da federação onde ele foi detido.

Relembre o caso: O corpo da jovem que tinha 16 anos à época do crime, foi encontrado já em estado de decomposição em uma estrada vicinal na tarde de uma terça-feira, 19 de abril de 2022, em um trecho de uma estrada que liga Patos ao município de São José de Espinharas, Sertão paraibano.

Segundo a polícia, a família da vítima havia registrado o desaparecimento de Renata na segunda-feira (18). Ainda de acordo com relato policial, a jovem havia sumido desde o domingo (17).

Foi realizada a perícia no local onde o corpo foi encontrado e o cadáver foi periciado no Instituto de Polícia Científica (IPC) da cidade de Cajazeiras.

REPERCUSSÃO NACIONAL

O Programa Linha Direta da Rede Globo falou sobre o caso na edição do dia 1º de junho do ano passado.

O Linha Direta apresentou casos de violência contra a comunidade LGBTQIA+ e entre eles repercutiu o fato lamentável contra a jovem patoense Renata Ferraz.

O RÉU

O réu, identificado como Geovane de Lima Galdino Silva, estava foragido no município de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, onde foi capturado por policiais da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE) de Patos e da Polícia Civil gaúcha, em julho de 2023.

DIÁRIO DO SERTÃO

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