VÍDEO: Advogados dizem ter provas de que ex-marido de Ianny não estava em Cajazeiras quando ela foi morta
Três advogados que compõem a banca de defesa do principal suspeito de ter assassinado Ianny Marry afirmam que têm provas de que o rapaz, preso preventivamente, é inocente
Três advogados que compõem a banca de defesa de Danilo da Silva Pedrosa, ex-marido de Ianny Marry (28 anos), encontrada morta dentro de casa em Cajazeiras no último dia 15, afirmam que têm provas de que Danilo é inocente. O rapaz foi preso preventivamente no sábado (21) como principal suspeito do feminicídio.
Os advogados Claudenilo Pereira, Breno Moreira e Renato Moreira apresentaram novos fatos colhidos pela defesa e afirmam que esses fatos apontam que Danilo não estava em Cajazeiras quando Ianny Marry foi morta dentro da residência onde ela morava, no Conjunto Ipep, Zona Norte de Cajazeiras.
Claudenilo Pereira alega que a prisão de Danilo se baseia no depoimento de uma testemunha que disse ter visto, na manhã do dia 14 (sábado), um “homem moreno, de estatura mediana, barbudo, um pouco forte” saindo da casa da vítima e que, ao avistar a testemunha, esse homem teria retornado.
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No entanto, os advogados dizem que um vídeo de câmera de segurança mostra um rapaz, que seria Danilo, no saguão do condomínio onde ele mora, em Fortaleza, na manhã do sábado, o que provaria que seria impossível Danilo ter estado em Cajazeiras na mesma manhã. Ainda segundo o advogado, Danilo chegou a Cajazeiras na noite de domingo, no carro da firma de engenharia onde ele trabalha, para contribuir com as investigações.
“É humanamente impossível que uma pessoa tenha estado em Cajazeiras às 05:40 da manhã do sábado e já esteja em fortaleza às 08:30 da manhã do mesmo dia, nem se a mesma estivesse ido de avião, e nós sabemos que Cajazeiras não tem voo regular para Fortaleza e o Danilo também não tem jatinho nem um avião que possa levá-lo até a cidade de Fortaleza”, disse Claudenilo.
Outro fato que, segundo a defesa, poderá vir a provar que Danilo estava em Fortaleza na manhã do sábado, é o registro de uma corrida que ele pegou com um carro da empresa Uber, via aplicativo, para ir até uma loja no Centro da capital cearense. “A defesa tem o entendimento de que essa prisão foi devido ao clamor social, devido ao calor das investigações. Porém, nós acreditamos que ela durará pouco, pois as provas surgem nos autos de uma maneira avassaladora”, afirma o advogado.
Claudenilo também revela que o atual “ficante” de Ianny teria dito, em depoimento, que deixou ela em casa na noite da sexta-feira, por volta das 23h. “Quando o exame pericial cadavérico sair, nós teremos convicção de há quanto tempo ela estaria morta. Ela só foi achada morta no domingo, dia 15”, ressalta Claudenilo.
O advogado Breno Moreira acrescenta que, segundo as investigações, há sinais de que houve luta corporal no quarto onde Ianny foi encontrada morta e que havia vestígios de pele humana sob as unhas da vítima. Contudo, o advogado diz que não havia sinais de ferimentos no corpo de Danilo, fato esse que, segundo ele, também aponta para a suposta inocência do principal suspeito.
“É muito arriscado todo e qualquer tipo de pré-julgamento nesse momento. O inquérito está se formando, as provas estão sendo colhidas e é importante que reitere-se o fato de que a defesa, como um todo, está contribuindo de forma significativa para as investigações. É tanto que o Danilo foi de forma espontânea para a delegacia de polícia e lá se deparou com um mandado de prisão expedido”, salienta Breno Moreira.
Os advogados dizem, ainda, que foi acrescentado nas alegações da defesa o registro do cartão de ponto de Danilo feito às 16h do dia 13 na firma onde ele trabalha em Fortaleza. O suspeito também entregou seu celular espontaneamente para a realização de perícia.
O advogado Renato Moreira acrescenta que o casal estava separado há cinco meses, mas, segundo ele, tinha uma relação amigável: “No que vem sendo carreado ao inquérito até agora, não existe absolutamente nada que leva, ao menos, à presunção de culpabilidade do Danilo. Tudo até agora leva, exatamente, à inocência”, afirma Renato Moreira.
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