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VÍDEO: Delegado diz como funcionava organização criminosa de contrabando de cigarros atuante no Sertão

Há pessoas envolvidas em Cajazeiras, Sousa, Patos, Catolé do Rocha, outras cidades da Paraíba e em mais sete estados. Segundo o delegado da Polícia Federal, os meliantes se dividiam em nichos

Por Luiz Adriano

11/11/2022 às 10h47 • atualizado em 11/11/2022 às 10h54

O delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, falou sobre a operação realizada nesta quinta-feira (10) em Cajazeiras, Sousa, Catolé do Rocha, Patos, outras cidades do estado, além de mais sete estados brasileiros fora a Paraíba, em combate ao contrabando de cigarros.

Em entrevista ao JPB1 da TV Cabo Branco de João Pessoa, a autoridade policial ressaltou que a região Nordeste “está sendo um alvo de contrabandistas de cigarros” e que a prática delituosa pode trazer consequências como: evasão fiscal, problemas na geração de emprego, saúde pública e segundo ele, pode “quebrar a economia”.

“Muitas vezes os indivíduos que praticam contrabando abrem comércios, praticam uma concorrência desleal e quebram comerciantes que trabalham honestamente”, explicou.

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Segundo o delegado, a organização criminosa é fragmentada em nichos como exemplo: trajeto para dentro do país, transporte, logística, armazenamento e processo de lavagem e evasão de divisas. “Vários desses eixos hoje foram quebrados”, disse.

OBJETIVO

Conforme Cléo Mazzotti, o propósito principal da Operação foi de prender os principais articuladores e buscar desarticular financeiramente a organização criminosa.

“O objetivo foi: primeiramente identificar os líderes, prendê-los, retirar patrimônio dessas organizações criminosas e impedir toda uma cadeia logística que estava sendo criada, e inclusive de lavagens de dinheiro em outros estados da federação”, pontuou.

Ele explicou que havia núcleos no Pará, no Rio Grande do Sul e praticamente em todo o Nordeste.

A OPERAÇÃO

Nesta quinta-feira (10) a Polícia Federal, após investigação que contou com a cooperação da Receita Federal, Secretaria da Fazenda do Estado da Paraíba, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, realizou a desarticulação de diversas organizações criminosas especializadas no contrabando de cigarros e que praticavam crimes de lavagem de dinheiro. O escopo da investigação também foi a descapitalização dos grupos criminosos.

Foram cumpridos por 250 policiais federais, 60 Mandados de Busca e Apreensão e quatro prisões preventivas expedidos pela Justiça Federal, em João Pessoa, Cajazeiras, Sousa, Catolé do Rocha, Patos, Sumé e nos Estados do Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

As investigações possibilitaram que fosse decretado o sequestro de bens móveis e imóveis obtidos em virtude das atividades delituosas e o bloqueio de valores na ordem de R$ 1 bilhão, demonstrando o grande poderio econômico das organizações criminosas desarticuladas.

Os trabalhos investigativos constataram que os crimes vinham sendo praticados há aproximadamente dez anos, em razão da identificação e mapeamento das atividades tanto operacionais, quanto financeiras dos grupos criminosos.

DIÁRIO DO SERTÃO

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