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VÍDEO: Delegado fala sobre morte de criança no HRC e diz que relatos comprovam maus tratos de padrasto

"Tem uma outra criança menor de dois anos que também apresenta lesões em várias partes do corpo", disse o delegado

Por Luiz Adriano

16/08/2021 às 10h22 • atualizado em 16/08/2021 às 17h13

O delegado da 20ª Delegacia Seccional de Polícia Civil de Cajazeiras, Ilamilto Simplício, falou sobre o caso da menina de três anos que morreu na tarde deste domingo (15) com sinais de espancamento, logo após dar entrada no Hospital Regional de Cajazeiras.

Segundo Ilamilto Simplício, um levantamento preliminar feito pela Polícia Civil com o Conselho Tutelar da região e com oitiva de outros parentes, o histórico da família aponta relatos de agressões por parte do padrasto, tanto na mãe quanto nas crianças. “Tem uma outra criança menor de dois anos que também apresenta lesões em várias partes do corpo”, disse o delegado.

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A autoridade policial informou que, quanto ao padrasto da criança, foi lavrado a prisão em flagrante por crime de homicídio doloso e qualificado, e no caso da mãe da menina, ela foi indiciada e mantida presa por omissão.

Ambos foram encaminhados à Penitenciária Padrão de Cajazeiras, aonde permanecem à disposição da Justiça.

ENTENDA O CASO

A pequena Ana Laura Tavares Bandeira, com apenas três anos de idade, deu entrada no Hospital Regional de Cajazeiras (HRC) por volta das 14h deste domingo (15), desacordada e com sinais de espancamento. Conforme a assessoria de imprensa da unidade hospitalar, a criança foi socorrida de moto e ao chegar no hospital, a equipe médica fez reanimação cardiopulmonar, mas infelizmente não obteve êxito e a garotinha veio a óbito.

Após constatado o óbito, a assistência social do HRC entrou em contato com a Central de Operações Policiais Militares (COPOM) de Cajazeiras, e de imediato, a Polícia Militar iniciou as diligências e conseguiu localizar o padrasto e a mãe da criança, os quais foram detidos e conduzidos à Delegacia de Polícia Civil para prestarem esclarecimentos.

Ambos mostram versões diferentes do caso. O padrasto, que tem 21 anos, disse que ao brigar com a mãe de sua enteada, a qual estava com a criança nos braços, teria acertado um soco no abdome da menina que começou a passar mal. Por sua vez, a genitora da criança, 24, relatou que o padrasto estava no quintal com sua filha e que depois de muito tempo teria chegado com a menina nos braços afirmando que ela havia caído e tinha batido com a cabeça no chão.

O corpo da menina foi conduzido ao Instituto de Perícia Científica (IPC) de Cajazeiras para realização da necrópsia.

DIÁRIO DO SERTÃO

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