VÍDEO: Secretária revela bastidores do julgamento do caso Érika e diz que houve distinção de tratamento
De acordo com Laurecy Penaforte, houve tratamentos desiguais antes e durante o julgamento
A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Cajazeiras, Laurecy Penaforte, revelou detalhes dos bastidores do julgamento do advogado José Itamar Montenegro, acusado de assassinar a namorada Érika Vanessa (31) com um tiro no rosto em 2014 na capital João Pessoa.
De acordo com Laurecy, houve tratamentos desiguais antes e durante o julgamento. Primeiro proibindo os membros de grupos de apoio às mulheres de entrarem na sala com camisas e faixas pedindo justiça a favor da família de Érika Vanessa. Depois não teriam permitido que a família da vítima disponibilizasse um advogado assistente da promotoria, enquanto que o réu levou uma bancada de sete advogados para o julgamento.
Outro ponto que deixou a família e os amigos de Érica impactados foram as alegações da defesa do acusado para tentar convencer os juízes de que não se tratou de homicídio.
Segundo Laurecy, os advogados de Itamar Montenegro disseram que Érika estava bêbada, que praticava artes marciais e por isso teria tomado a arma do acusado e sofrido o disparo acidental, entre outras versões.
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A defesa da família de Érika esperava obter pena máxima para Itamar Montenegro, mas ele foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado. Apesar de não terem conquistado o objetivo maior, Laurecy afirma que os movimentos em defesa das mulheres deixaram o júri com o sentimento de esperança
“A gente sai com um resultado que nos dá esperança. Não posso dizer que é um resultado extremamente justo porque não é. Eu acho que ele teria que pegar a pena máxima. Mas eu acho que fizemos aquilo que teríamos que fazer”.
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