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Secretário de Saúde de cidade do Vale do Piancó é afastado do cargo por matança de cães a pauladas

Primeiros levantamentos da polícia apontam que os animais não foram mortos por medicamentos

Por Luis Fernando Mifô

10/03/2018 às 11h01 • atualizado em 10/03/2018 às 12h27

Cães foram sacrificados pela prefeitura de Igaracy (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco/Arquivo)

O secretário de Saúde do município de Igaracy, no Vale do Piancó, Sertão da Paraíba, foi afastado do cargo após o Ministério Público instaurar inquérito civil público para apurar denúncias de que 50 cães teriam sido mortos a pauladas sob a autorização do gestor. O caso aconteceu na terça-feira (06).

Segundo as denúncias, a matança dos animais teria sido autorizada pelo secretário José Carlos Maia e ordenada pela Prefeitura, alegando que eles estavam abandonados nas ruas, apresentando perfil violento e com doenças.

O caso tem gerado muitos protestos nas redes sociais e nas ruas. Ontem, durante uma grande caminhada em Igaracy, moradores pediam punição aos envolvidos. Até a apresentadora de TV Luisa Mell, conhecida pelo seu engajamento na proteção aos animais, se manifestou na internet.

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José Carlos Maia está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária, já que ele é médico veterinário. Os primeiros levantamentos da polícia apontam que os animais não foram mortos por medicamentos como afirmou o secretário. A suspeita é de que os cães tenham sido mortos a pauladas.

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Também foi concedido prazo de cinco dias para que o prefeito José Carneiro Almeida da Silva preste informações referentes ao levantamento do número de animais nas ruas de Igaracy, com as respectivas zoonoses e laudos veterinários, comprovando as doenças, bem como, quanto à retirada e transporte, detalhando ainda como se procedeu a matança dos animais, de acordo com as normas sanitárias.

O MPPB também encaminhou ofício para a Delegacia de Polícia Civil requisitando a instauração de inquérito policial, inclusive para preservação e realização de imediata perícia no local do crime.

DIÁRIO DO SERTÃO

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