Vídeo: Vereadores denunciam carro quebrado há meses e lamentam que cajazeirenses ‘apodreçam’ a espera do IML; Delegado diz que ‘responsabilidade’ é da família e revela ‘resistência’ de médicos para atestar óbito
Um vereador aproveitou para denunciar uma invasão ao terreno que foi disponibilizado para a construção do IML em Cajazeiras.
Uma polêmica foi gerada em Cajazeiras após o corpo de Lúcia de Fátima Fernandes ter demorado a ser encaminhado ao IML da cidade de Patos para necropsia. A mulher foi encontrada morta na manhã dessa segunda-feira (28) e o corpo teria ficado no local até o final da tarde.
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O assunto foi discutido na Câmara Municipal de Cajazeiras em sessão ordinária na noite dessa segunda. O vereador Alysson Lira (Neguim do Modrian – PSD) lamentou o fato e tachou de “imoralidade” o caso.
Ele aproveitou para denunciar uma invasão ao terreno que foi disponibilizado para a construção do IML em Cajazeiras.
Já o vereador Ivanildo Dunga (PMN) relembrou que o governador mandou para Cajazeiras uma equipe de peritos, na tentativa de reduzir o tempo de espera no encaminhamento para necropsia, que atualmente acontece em Patos.
Ele disse que esses casos de demora para o encaminhamento dos corpos ao IML ocorrem devido a quebra constante do transporte que faz esse translado, mais conhecido por “Rabecão”.
“O rabecão de Cajazeiras ajeita em um mês, quebra com 15 dias, e fica dois, três meses para consertar”, denunciou o vereador.
Autoridade
O delegado da seccional da Polícia Civil de Cajazeiras, George Wellington reconheceu que o rabecão está no conserto acerca de dois meses na cidade de Patos, adiantando que apenas o carro de Itaporanga, no Sertão está disponível para toda a região.
Nessa data foram encontrados dois corpos em Cajazeiras, um da mulher, que segundo o delegado havia diagnóstico de morte natural, e outro do jovem Marcos Bruno Vieira, que foi liberado para sepultamento pela polícia.
George explicou que em morte natural, que teria sido o caso de Lúcia Fernandes, o IML não recebe, o que ficaria a cargo da família providenciar o “destino do corpo”. Ele explicou que a demora se deu porque a família estava buscando um médico para atestar o óbito, pois havia um quadro de cardiopatia.
“O corpo só foi retirado do prédio no final da tarde e a imprensa entendeu que houve deficiência por parte da Polícia, mas a família que tinha responsabilidade com o corpo”, declarou o delegado, acrescentado que a família tinha que procurar um profissional médico para atestar o óbito.
Ele esclareceu também que a polícia pode solicitar do Samu ou do próprio hospital, um médico para atestar a causa morte, e no caso de Lúcia Fernandes foi solicitado, mas os profissionais da “medicina de Cajazeiras estavam resistentes a atestar o óbito devido ao tempo e o corpo já se encontrava em estado pultrefativo”.
Depoimento
O empresário Willame Braga, proprietário do prédio onde Lúcia Fernandes morava escreveu na rede social Facebook, que as pessoas estavam em estado de desespero no edifício com o ‘odor’ do local. “A família é quem sofre com essa imoralidade”, escreveu ele.
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