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Apenados assistem espetáculos de dança, teatro e música no Serrotão

O diretor do presídio Serrotão, Manoel Eudes Osório, avaliou como importante levar a arte aos apenados

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26/07/2012 às 18h36

A política de humanização do Sistema Prisional da Paraíba levou música, dança e teatro ao Presídio Regional Raymundo Asfora (Serrotão), em Campina Grande, na manhã desta quinta-feira (26). No pátio da penitenciária, a plateia era composta por 100 apenados, que, por algumas horas, interagiram com uma peça teatral, assistiram um casal de dançarinos e ouviram clássicos do chorinho.

A agenda cultural no presídio é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e a Secretaria de Cultura da Prefeitura de Campina Grande, dentro da programação do 37º Festival de Inverno de Campina Grande. Em outras edições o festival já havia levado arte aos detentos.

As atrações desta quinta-feira foram a peça teatral Incelênça, da Companhia do Rosário, com o ator Chico Oliveira e direção de Andréa Macera; apresentação dos professores de dança Euclides Alves e Assíma Torres, da Academia La Barca; além do conjunto de chorinho Duduta e seu Regional, com a participação da cantora Heloísa Olinto.

O professor Euclides Alves disse que é gratificante levar cultura ao presídio. Assíma, após a apresentação, manifestou sua satisfação em fazer parte do projeto: "É muito gratificante vê o brilho nos olhos deles, trazer um pouco de dança, foi muito especial”. Os artistas não cobraram cachê.

O diretor do presídio Serrotão, Manoel Eudes Osório, avaliou como importante levar a arte aos apenados, uma ação que faz parte da política de ressocialização e de humanização desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Administração Penitenciária.

O Festival de Inverno começou a atuar dentro do presídio em 1990 e, segundo a secretária de Cultura de Campina Grande, Eneida Maracajá, idealizadora do evento, esse é um compromisso com a cidadania. Para ela, a arte – seja seja a dança, a música, o teatro, a pintura – tem o poder de humanizar,.

A crítica de artes e jornalista paulista Ana Ponzio elogiou a iniciativa da inclusão de presidiários como público de um festival. "Isto é muito especial, me emocionou. Eu circulo por vários festivais e é a primeira vez que venho assistir algo dentro de um presídio”, declarou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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