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VÍDEO: Para professor do IFPB de Cajazeiras, apagão cibernético não foi hacker: “Não devia ter acontecido”

Apagão cibernético atingiu computadores de todo o mundo e afetou vários serviços, incluindo voos nos aeroportos, serviços bancários, serviços de saúde e transmissões de TV

Por Luis Fernando Mifô

19/07/2024 às 18h22 • atualizado em 19/07/2024 às 18h27

Um apagão cibernético na madrugada desta sexta-feira (19) atingiu computadores de todo o mundo e afetou vários serviços, incluindo voos nos aeroportos, serviços bancários e de saúde. As principais companhias aéreas dos Estados Unidos cancelaram todos os voos. Problemas técnicos foram reportados em aeroportos da Europa, da Índia, de Hong Kong e Singapura.

No Reino Unido e na Austrália, algumas das principais redes de televisão ficaram fora do ar. O serviço de saúde foi afetado em países como Reino Unido e Alemanha, onde cirurgias eletivas chegaram a ser canceladas em dois hospitais. O mercado de ações, commodities e câmbio também foi afetado, com bolsas prejudicadas ao redor do planeta.

No programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, o professor de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFPB (Instituto Federal da Paraíba) no campus de Cajazeiras, Fábio Abrantes, explicou que o “apagão global” se deu durante a atualização de um software de cybersegurança no sistema operacional Windows.

“Quando o sistema operacional Windows não funciona mais, outros sistemas instalados nele acabam não funcionando. Foi o que aconteceu com o sistema de voos nos Estados Unidos. No Reino Unido, transmissões de TV ficaram paradas. Então, esse ‘apagão global’ não é que faltou energia ou algo nesse sentido”, ensina o professor.

Fábio estranhou o fato de que a causa do problema tenha sido o software de uma empresa que é líder justamente na produção de softwares de cybersegurança, a norte-americana CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft, uma gigante do ramo de sistemas operacionais.

“Não deveria ter acontecido”, ele avalia. “Quando há a produção de um software, antes de lançar na implantação eles passam por uma rotina de testes”, acrescenta.

O professor não acredita que tenha sido ataque hacker, mas sim algum dano no núcleo do sistema Windows provocado pelo drive do software.

“Isso não quer dizer que outros sistemas que estavam sendo executados dentro do sistema operacional foram invadidos ou alguém foi prejudicado com algum serviço ou perda de dinheiro. O que aconteceu é que o sistema ficou sem funcionar por um determinado tempo, como se fosse offline, porque o principal sistema operacional que controla todos os outros aplicatvos, que é o Windows, deixou de funcionar, ficou a chamada tela azul”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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