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Aldeias recebem R$ 200 mil para produção de mel e criação de galinha na Baía da Traição

Elas foram beneficiadas com investimentos do Projeto Cooperar, e se organizam para colher os resultados da nova fase.

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02/08/2012 às 09h53

Duas associações de produtores rurais em aldeias indígenas, do município de Baía da Traição, se preparam para reforçar o trabalho de extração de mel e criação de aves, até o fim deste mês. Elas foram beneficiadas com investimentos do Projeto Cooperar, e se organizam para colher os resultados da nova fase. Serão investidos cerca de R$ 200 mil em oito comunidades.

Um dos grupos beneficiados é o da Associação Paraibana dos Produtores de Mel da Baía da Traição, a Paraíba Mel. A entidade é formada por 16 famílias, entre elas a de José Ronaldo Sales. Presidente da associação, ele diz que as obras de construção da unidade de extração de mel devem começar nas próximas semanas. "Já conseguimos a licença ambiental, agora é construir os locais de trabalho”, revela.

Segundo ele, a produção de mel na aldeia é artesanal. A construção da unidade de extração vai profissionalizar o trabalho e preparar os produtos para serem comercializados até fora do Estado. "Hoje, as vendas acontecem apenas na nossa região, queremos expandir o comércio”, planeja. José Ronaldo, que mora com a mulher e dois filhos, representa 20 famílias, das aldeias: Cumaru, Forte, Galego, Lagoa do Mato, São Francisco, São Miguel e Tracoeira. Ao todo, a associação vai receber aproximadamente R$ 82 mil.

A outra associação beneficiada é a Toré Forte, que tem 16 famílias. Cada uma vai receber um aviário (construção de alvenaria) para criação de galinha caipira. A presidente da entidade, Valdelúcia de Araújo, fala que as obras devem começar também no fim de agosto e os primeiros resultados devem vir até novembro. "Vamos correr para construir os aviários e ampliar nossos investimentos”, planeja. De acordo com a presidente, a construção será em forma de mutirão, no qual os beneficiários vão se mobilizar para erguer uma unidade de cada vez.

"A gente espera que os aviários possam gerar renda fixa para muitas famílias. Tudo vai ser mais organizado, por isso vamos agilizar as obras e esperar com ansiedade os primeiros resultados”, ressalta Valdelúcia. A Associação Toré Forte será beneficiada com cerca de R$ 106 mil.

O gestor do Projeto Cooperar, Roberto Vital, destaca a importância da valorização da cultura indígena, com projetos que auxiliam o dia-a-dia desse povo. Ele sinaliza para outros investimentos nas aldeias. "Em breve, outra associação vai ser beneficiada, dessa vez em Rio Tinto. Será um grupo que vai trabalhar em subprojetos de irrigação de fruticultura e horticultura no município”, adianta.

Segundo o gestor, o Governo do Estado vem apoiando os índios de forma intensificada nos últimos meses e está de portas abertas para novos projetos. "O Cooperar pode auxiliar as aldeias na organização e estruturação das ideias, além de oferecer orientação técnica de acompanhamento. O objetivo é fortalecer a cultura indígena e contribuir com o desenvolvimento”, finaliza.

DIÁRIO DO SERTÃO com SECOM
 

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