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Jeová lamenta que requerimento para discutir situação da comunidade Dubai não tenha sido votado na ALPB

“Queremos dialogar com Ministério Público, com as instituições. São trabalhadores com vulnerabilidades social, desempregados", disse o parlamentar

Por Portal Diário com Assessoria

03/12/2021 às 19h34

Saída das famílias da Comunidade Dubai, em João Pessoa. (Foto: divulgação/PMPB).

“Não podemos virar as costas para o problema”. Foi com esse tom que o deputado estadual Jeová Campos se pronunciou na manhã desta quinta-feira (02) na sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) pedindo aos parlamentares que aprovassem o requerimento de audiência pública da deputada Cida Ramos para discutir a situação das famílias desalojadas da comunidade Dubai, em Mangabeira, no âmbito da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Ambiente. Como presidente da Comissão, Jeová afirmou que a Casa não pode ter “medo” de realizar tal debate e garantiu uma audiência séria, como o tema requer, independentemente de quem errou. Mas, a matéria não foi votada e a sessão foi encerrada por falta de quórum. Por isso, o debate que iria acontecer nesta sexta-feira teve que ser adiado.

“Queremos dialogar com Ministério Público, com as instituições. São trabalhadores com vulnerabilidades social, desempregados. Peço para estudar a realidade para ver um caminho, uma solução. Nem no tempo da ditadura a Assembleia deixou de fazer audiências públicas para tratar dos mais diversos temas”, argumentou o parlamentar, destacando que o debate não deve ser político, mas social. “Independentemente de quem errou precisamos encontrar uma solução, uma saída, um política pública. Essas pessoas estão precisando de apoio, esperança e não desesperança”, reiterou Jeová.

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Jeová Campos – deputado Estadual.

O deputado afirmou ainda que o despejo de cerca de 400 famílias da comunidade, ocorrido no último dia 23, foi “extremamente extravagante”, até porque existe decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) orientando para que nenhuma ação de despejo seja realizada até 31 de março em função da pandemia e da situação econômica do país. “Foi desnecessária, inclusive essa decisão do Supremo foi prorrogada até 31 de março. E aqui se fez a revelia. Esse é o centro do debate que a Assembleia precisa fazer. Não podemos ter medo desse debate”, esclareceu o deputado.

“A Assembleia precisa ser protagonista desse debate, mediadora. Não podemos achar que o problema não existe. São pessoas que não tem casa, não tem comida, não tem emprego. Isso é o retrato do Brasil. É uma pena que este país esteja se atolando na miséria, voltando à fome. Nós não podemos virar as costas para esse problema. O objetivo da comissão que sou presidente é fazer um debate de conteúdo, com a seriedade que a situação requer, com todas as instituições presentes. Então peço a aprovação desse requerimento o quanto antes”, disse ele.

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