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Thompson pede união pela conquista da Universidade Federal do Sertão

O reitor da UFCG, Thompson Mariz, pede a prefeitos e à sociedade do Sertão da Paraíba para se unirem em torno da conquista de uma universidade pública autônona na região

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29/12/2007 às 15h23

Uma universidade pública autônoma em pleno Alto Sertão da Paraíba. Essa idéia empolga o reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson Fernandes Mariz, um dos principais lutadores da expansão do ensino público superior na região.

Thompson ressalta que a futura instalação de uma grande universidade no Sertão depende muito da união dos municípios e gestores públicos, além dos diretores de cursos já existentes. No entanto, o essencial é a união do povo sertanejo em torno dessa causa.

A Universidade Federal do Sertão teria gestão própria e autonomia para criar e extinguir cursos, oferecer mestrados, doutorados, bem como emitir diplomas.

Quanto a qual cidade ficaria com a reitoria, Mariz afirma que, por ser localizado em Campina Grande, essa seria uma decisão que não o diria respeito. Mas garante que se pudesse opinar, seria a favor da cidade de Cajazeiras, que tem maior número de funcionários e professores, e um campus com uma área física mais favorável.

Para quem não se lembra, Mariz foi o principal personagem na “briga” que as cidades de Patos e Cajazeiras travaram, durante todo o primeiro semestre de 2007, pelo tão almejado curso superior de medicina, e ainda chegou a ser cogitado pela opinião pública como um nome forte para futuramente candidatar-se à prefeito da terra do padre Rolim.

Em entrevista exclusiva ao radialista Petson Santos, Thompson Mariz fala, entre outras coisas, sobre a não contemplação de Cajazeiras no projeto REUNI (Reestruturação e Expansão das Universidades Brasileiras), o qual provavelmente beneficiaria a cidade com os cursos de Fisioterapia e Educação Física.

O reitor afirma que, como bom sertanejo, também queria ver Cajazeiras inserida no projeto, mas alega que para receber cursos do REUNI, é necessário que qualquer universidade trabalhe no sentido de melhorar sua qualidade, já que, para contemplar uma universidade, o processo de expansão tem como principal premissa a qualidade.
Segundo ele, criar cursos, sem ter boa estrutura para iniciá-los e mantê-los com qualidade, não adianta.

Thompson Mariz confessa que agora as chances de Cajazeiras ter outra oportunidade como esta ficaram menores, mas ainda não descarta a possibilidade. Diz que continuará lutando para realizar seu sonho particular de fazer com que a cidade tenha dois centros de ensino: o de formação de professores e um centro de saúde.

Ainda seguindo essa linha, Thompson Mariz aproveita para lembrar que a instalação do curso de medicina em Cajazeiras e a realização do vestibular especial são frutos de sua incansável luta para ajudar no desenvolvimento educacional da cidade, mas que é consciente de que o curso ainda necessita de mais equipamentos, e que estes equipamentos só estarão disponíveis no decorrer do ano de 2008.

“Estamos sofrendo com o curso de medicina, eu sei. Mas eu quis consagrar em definitivo, e aprovei, e instalamos o curso, embora soubéssemos que em 2007 não tínhamos as condições necessárias para seu bom funcionamento.”, afirma.

Laboratório de anatomia ainda parado

O não funcionamento do laboratório de anatomia do curso de medicina foi outro importante tópico discutido por Thompson Mariz na entrevista.

O reitor critica duramente os responsáveis pelo laboratório, que alegam falta de equipamentos e até mesmo de materiais como formol para justificar a situação.

Mariz afirma que é inconcebível que não tenha havido planejamento para o pronto funcionamento das instalações. E justifica que a Universidade tem dinheiro para tal, e que, nenhuma vez, alguma demanda deixou de ser atendida por falta de recursos daquela instituição.

Escola técnica em São João do Rio do Peixe

Sobre a possibilidade da instalação de uma escola técnica em São João do Rio do Peixe, sua terra-natal, Thompson Mariz diz que ainda é algo improvável. Mas afirma que, com o apoio dos prefeitos da região do Vale do Rio do Peixe, é possível a criação de um colégio agrícola naquela cidade, que funcionaria temporariamente com uma turma com pouco mais de 50 alunos, e que, com o auxílio do MEC, se expandiria, a exemplo da Escola Técnica de Campina Grande.

Agradecimentos

Ao fim da entrevista, Thompson Mariz fez questão de dizer que “não existe país democrático sem uma imprensa livre”.
Assim, agradeceu aos jornalistas e ao povo do Alto Sertão pelo carinho, e conclui: “Cajazeiras precisa ser respeitada pela sua história. É uma cidade que tem a capacidade de, ao se desenvolver, irradiar desenvolvimento. E tenho certeza da capacidade de superação do sertanejo”.

Da redação do DIÁRIO DO SERTÃO

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