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VÍDEO: Torcedor invade campo com bandeira LGBTQIA+ em partida entre Portugal x Uruguai

A homossexualidade é considerada crime pelo código penal do Catar, passível de até oito anos de prisão ou mesmo pena de morte

Por Diário Esportivo

28/11/2022 às 18h42 • atualizado em 29/11/2022 às 13h07

Protesto no gramado do estádio Lusail marcou o jogo entre Portugal e Uruguai nesta segunda-feira (28). Um homem invadiu o campo com uma bandeira nas cores do arco-íris, em apoio à causa LGBTQIA+, vestindo uma camisa que dizia “Salve a Ucrânia” na parte da frente e “Respeito pelas mulheres iranianas” na parte de trás (ambas as frases em inglês). O torcedor foi rapidamente contido por seguranças, deixando a bandeira LGBTQIA+ no gramado, que foi posteriormente recolhida pelo árbitro da partida.

A homossexualidade é considerada crime pelo código penal do Catar, passível de até oito anos de prisão ou mesmo pena de morte. O embaixador do Catar na Copa do Mundo, Khalid Salman, chegou a dizer em entrevista que a homossexualidade é um “dano mental” e “haram”, que significa “pecado” e é proibida pela lei do Islã. Muitos torcedores desistiram de ir assistir aos jogos no país sede da Copa, devido a má fama do Catar em relação ao tratamento aos homossexuais.

Recentemente um repórter brasileiro que carregava uma bandeira do Estado do Pernambuco foi abordado por autoridades no Catar que tomaram e pisotearam a bandeira devido a um arco-íris presente na mesma, que foi confundido com uma bandeira da comunidade LGBTQIA+.

Torcedor invade campo com bandeira LGBTQIA+ no Catar (Fotos: Getty Image)

A frase que estava atrás da camisa do manifestante que invadiu o gramado nesta segunda era em protesto pelo direito das mulheres no Irã. Em setembro de 2022, Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos, foi morta pela polícia moral em Teerã por não usar um hijab corretamente, segundo o regulamento. O evento desencadeou uma onda de protestos pelo país.

O major-general Abdulaziz Abdullah Al Ansari, presidente do Comitê Nacional de Contraterrorismo do Catar, já havia afirmado que bandeiras LGBTQIA+ não poderiam ser levadas ao estádio e que seriam confiscadas.

DIÁRIO ESPORTIVO

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