Militante da CPT chora ao falar sobre saída de Dilma e sua luta contra a fome – VÍDEO!
Socorro Ferreira luta contra a fome desde a infância, e aos 9 anos acompanhou a mãe em um saque onde quase perdeu a vida
O Interview recebeu uma das principais militantes sociais do Sertão paraibano, quiçá do Nordeste. Coordenadora da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Socorro Ferreira tem muita história para contar, sobretudo quando o assunto é luta pela reforma agrária.
Nascida em Uiraúna, Socorro chegou a fazer parte do convento da Sagrada Família, mas por causa de problemas de saúda da mãe, teve que sair. A partir daí começou a perceber que sua vocação não era para a vida religiosa entre quatro paredes, e sim para as lutas sociais no campo. Ela reconhece a importância social da igreja e o aprendizado que teve em várias pastorais até chegar à CPT.
A luta pela terra, que é também a luta pelo alimento, acompanha Socorro desde a infância, pois ela foi vítima da fome e aos 9 anos de idade acompanhou a mãe em um saque onde quase perdeu a vida pisoteada. As palavras ditas pela sua mãe nesse dia ecoam em seus ouvidos até hoje: “É melhor ela morrer aqui do que de fome em casa.”
Chorando, Socorro disse estar muito triste com o impeachment da presidente Dilma, pois foi nos governos do PT que muitas famílias pobres como a dela puderam mudar de vida e deixaram de passar fome. Ela lembrou que seus filhos se formaram graças aos programas sociais que facilitaram o acesso às universidades.
“Esse governo mudou a vida dos brasileiros. Eu sou a prova disso. Bolsa Família não é só para alimentar vagabundos, ajudaram e ajudam a população. A elite brasileira acha que pobre tem que ser pobre e ponto. Tenho medo de enfrentar o saque novamente em Cajazeiras”, desabafa.
Entusiasta da luta pela reforma agrária, Socorro criticou quem diz que nos assentamentos só tem vagabundos e enalteceu o auxílio que a CPT dá aos trabalhadores do campo.
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