Estudo sobre cangaceiro Jesuíno Brilhante passa por exame de qualificação

O estudo sobre o cangaceiro Jesuíno Brilhante desenvolvido pela professora Lúcia Maria de Souza Holanda no Programa de Pós-graduação em Geografia, em nível de mestrado, na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, capital do vizinho estado, passou por um exame de qualificação no último dia 29 de janeiro, constituindo-se na etapa final que antecede a defesa da dissertação, prevista para o próximo mês de março.

Com assento teórico na geografia das representações, a professora Lúcia Souza apresentou um infográfico que mostra os principais sítios de memória referente ao cangaço de Jesuíno Brilhante, como: Patu, local de nascimento do cangaceiro, e São José de Brejo do Cruz, na Paraíba, lugar da morte, além de Mossoró e Imperatriz (hoje Martins), no Rio Grande do Norte, e Catolé do Rocha e Pombal, na Paraíba. No infográfico, também foi apresentada a ilustração do cangaceiro e seu cavalo zelação, desenhada pelo memorialista Emanoel Amaral.

GEOGRAFIA DO CANGAÇO DE JESUÍNO BRILHANTE
(1871 – 1879)

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Sob o título, “Lugares de Memória: Jesuíno Brilhante e os Testemunhos do Cangaço nos Sertões do Oeste Potiguar e Fronteira Paraibana”, a mestranda Lúcia Souza expôs o relatório de qualificação para uma banca examinadora formada pela orientadora professora doutora Maria de Fátima Ferreira Rodrigues e Doralice Sátyro Maia, ambas da Universidade Federal da Paraíba, além de dois examinadores externos o professor doutor Josias de Castro Galvão, da Universidade Federal de Campina Grande, campus de Cajazeiras, na Paraíba, e a professora doutora Maria Geralda Almeida, da Universidade Federal de Goiás, que consideraram aprovado o relatório de qualificação.

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Banca Examinadora
Um dos principais momentos da apresentação do estudo foi a referência ao testemunho do cidadão centenário Mário Valdemar Saraiva Leão, considerado a principal testemunha da história oral do cangaço de Jesuíno Brilhante, apontando o serrote da tropa, na comunidade rural de Santo Antônio, próximo ao Riacho dos Porcos, em São José de Brejo do Cruz, na Paraíba, como o mais provável lugar da morte do cangaceiro, vítima de uma emboscada fatal comandada pelo algoz Preto Limão.

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A MESTRANDA APRESENTA MÁRIO SARAIVA
Para olhares atentos de uma seleta platéia, a mestranda falou sobre os riscos da politização da memória, citando vários autores que discorrem sobre a construção de espaços de memória, onde esse fenômeno atrapalhou o desenvolvimento de sítios de cultivo da memória, exemplificando na página 65 do relatório a produção do Auto de Jesuíno (2001-2008), de Ricardo Veriano, e a cobertura informativa do blogueiro Pola Pinto, como trabalhos preservacionistas da memória do cangaço de Jesuíno Brilhante.

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O CO-ORIENTADOR EPITÁCIO ANDRADE ESTAVA NA PLATÉIA
Demonstrando imensa satisfação com a aprovação do relatório de qualificação, o pesquisador do cangaço Epitácio Andrade, co-orientador de conteúdo do trabalho, afirmou que estará mobilizando estudiosos e interessados pelo tema para acompanharem os passos finais para a defesa da dissertação de mestrado da professora Lúcia Souza, que ocorrerá no próximo mês de março.

Enviado por Epitácio de Andrade Filho

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