VÍDEO: Especialistas recomendam zero telas para crianças até 2 anos, diz professor Ivo Lavor

Na edição desta semana da coluna Diário Educação, no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, o professor Ivo Lavor fez um alerta importante aos pais, cuidadores e educadores sobre os efeitos do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes. Segundo ele, o tema ainda é subestimado por muitas famílias, apesar de sua gravidade.

Lavor destacou que, para crianças de 0 a 2 anos, especialistas recomendam zero exposição às telas. “E, se for submetida, que seja para uma ligação para a avó, por exemplo, ou para algum desenho educativo”, explicou.

China – O professor citou o exemplo da China, país que, segundo ele, demonstra forte preocupação com a saúde digital das novas gerações. “Lá, o TikTok tem outro nome e as redes sociais são bloqueadas para as crianças até 14 anos. Elas só têm acesso a conteúdos de cultura, engenharia, matemática, histórias, patriotismo… conteúdos que de fato agregam valores”, afirmou. Em seguida, questionou: “Por que os brasileiros não atentam para as mesmas preocupações que o governo chinês tem?”

Brasil e a questão cultural – Para Lavor, parte da resposta pode estar na formação social do país. “Talvez o nosso aspecto seja cultural. Só que nós, educadores, recomendamos que você, pai, mãe, professor, restrinja o contato das crianças com as telas.”

Ele reforçou que crianças entre 2 e 7 anos podem ter acesso moderado, porém sempre supervisionado, e com conteúdos apropriados. “Mesmo que as crianças tenham acesso de forma restritiva, por poucas horas, a conteúdos inadequados, ainda teremos um impacto negativo no cérebro dessas crianças”, alertou.

Prejuízo escolar – O professor também abordou o fenômeno da adultização, afirmando que a exposição a conteúdos impróprios tem reflexos no comportamento e no desempenho escolar. “Crianças que têm acesso a conteúdos inadequados estão tendo uma deficiência na escola.”

Saúde – Além dos impactos emocionais e cognitivos, Lavor lembrou que o uso exagerado de telas também traz riscos físicos. “As telas impactam negativamente as crianças não somente pelo conteúdo, como eu já destaquei, mas o próprio acesso exagerado provoca problemas de visão e impacta também o cérebro. Portanto, os impactos são mais negativos do que positivos para crianças e adolescentes que têm acesso exagerado às telas.”

“Se as telas forem entregues às crianças, que seja com supervisão dos adultos e com conteúdos relevantes para a vida delas”, finalizou.

A coluna Diário Educação vai ao ar toda semana dentro do programa Olho Vivo da TV e Rede Diário do Sertão.

Clique aqui e saiba mais sobre o professor Ivo Lavor. Acesse seu canal do Youtube aqui.

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