VÍDEO: “Nada é neutro”: professor chama atenção para influência da música na mente das crianças
“O que entra pelos ouvidos das nossas crianças, elas passam a adotar como padrão”, ressaltou o docente lembrando que não se trata apenas de uma opinião pessoal, mas de confirmações apontadas pela Neurociência
Na edição desta semana da coluna Diário Educação, exibida no programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, o professor Ivo Lavor trouxe uma reflexão sobre a programação mental das crianças e o papel da música nesse processo de formação.
Segundo ele, as crianças são “como esponjas”, absorvendo tudo o que recebem do ambiente ao redor. Por isso, destaca que pais, professores e cuidadores precisam se preocupar com os estímulos que oferecem, já que comportamentos da vida adulta, muitas vezes questionados ou até reprovados, podem ter origem em vivências da primeira infância.
Um dos pontos centrais da fala de Lavor foi a influência da música. Ele chamou atenção para o impacto negativo que certos estilos podem causar, sobretudo aqueles com forte batida rítmica e letras que sexualizam relações ou banalizam valores. “O que entra pelos ouvidos das nossas crianças, elas passam a adotar como padrão”, ressaltou, lembrando que não se trata apenas de uma opinião pessoal, mas de confirmações apontadas pela Neurociência.
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Adultização – O professor explicou que músicas com batidas repetitivas e letras vazias acabam moldando crianças para agir mais por instinto do que pela razão. Esse tipo de sonoridade, segundo ele, ativa o sistema límbico — região do cérebro ligada ao instinto, à excitação e ao impulso — o que pode levar à adultização precoce. “Talvez você ache engraçadinho a criança rebolando, mas isso vai redundar na sua relação moral, vai repercutir na sua regulação emocional”, alertou.
“Nada é neutro” – Ele reforçou ainda que “a música é um treinamento diário” e que nada é neutro: “nosso cérebro fica programado a apenas buscar prazer sem pensar, sem elaborar e sem frear” quando exposto continuamente a determinados ritmos. Nesse sentido, a estética dominante em certos contextos musicais pode funcionar como “uma programação para a degradação”, substituindo virtudes por impulsos.
Para Lavor, a preocupação com os filhos deve ser constante: “Hoje ele está gostando de fazer isso, mas no futuro talvez você não vá gostar dos resultados que esse tipo de situação pode provocar.”
O professor encerrou anunciando que, na próxima semana, vai abordar o lado positivo da música, trazendo exemplos de estilos que contribuem para a boa formação das crianças.
Clique aqui e saiba mais sobre o professor Ivo Lavor. Acesse seu canal do Youtube aqui.
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