VÍDEO: Professor mostra como a ausência dos pais pode gerar filhos ressentidos na vida adulta
Segundo o docente, quando os pais não oferecem tempo e atenção, a criança internaliza a ideia de que não é prioridade
Na edição desta semana da coluna Diário Educação, dentro do programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, o professor Ivo Lavor trouxe uma reflexão sobre os riscos da ausência dos pais e da falta de limites na formação das crianças, fenômeno que, segundo ele, pode resultar em ressentimento e até rejeição na vida adulta.
Segundo o educador, no passado, quando se falava em vulnerabilidade social, normalmente o foco recaía sobre famílias de baixa renda. Hoje, porém, o conceito se ampliou: “Atualmente, a vulnerabilidade social está por toda parte, porque as relações sociais estão mais frágeis. A geração de hoje pode estar propensa a odiar os pais de amanhã”, destacou.
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O brilho das telas substituiu o brilho dos olhos
Lavor alerta que a interação social é aprendida, e que a criança absorve os comportamentos ao seu redor como uma “esponja”. Ele observa como muitas delas reagem com irritação quando não têm acesso a uma tela, seja do celular, tablet ou televisão.
“O brilho dos olhos dos pais e dos cuidadores foi substituído pelo brilho das telas”, afirmou.
O professor critica a falta de diálogo em momentos simples do dia a dia, como no caminho da escola, na volta para casa, nas refeições ou até em passeios em família: “A tela coloca a criança de forma quieta, mas não pode substituir o brilho dos olhos. O ombro do pai, o ombro da mãe foi substituído pelo like”, disse.
Como evitar filhos ressentidos
Apesar do cenário preocupante, o educador ressalta que há um caminho para reverter a situação. Ele defende que nenhum presente substitui a presença verdadeira dos pais na vida dos filhos. Entre as recomendações, estão:
– Fazer orações diárias em família;
– Garantir que as refeições sejam feitas sem telas;
– Dedicar tempo de qualidade, com abraços, brincadeiras e conversas;
– Estar disponível para ouvir e demonstrar interesse real.
“Uma coisa é o que você diz, outra coisa é o que você é e representa. Não adianta dizer que ama seu filho se você não tem tempo para ele”, reforçou.
Consequências na vida adulta
Quando os pais não oferecem tempo e atenção, explica Lavor, a criança internaliza a ideia de que não é prioridade.
“O que passa pela cabeça do filho é: meu pai e minha mãe não têm interesse por mim. Isso, na vida adulta, pode resultar em baixa relação social com os pais”, alertou.
O professor conclui sua reflexão reforçando que a presença ativa e o convívio familiar são fundamentais para a formação emocional saudável das crianças.
Clique aqui e saiba mais sobre o professor Ivo Lavor. Acesse seu canal do Youtube aqui.
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